Portanto, mensurar corretamente as sinergias esperadas é essencial para se evitar eventual insucesso da operação
O ano indicava uma retomada da economia, até que a crise da Covid-19 jogou o mundo inteiro num período de depressão. Momentos como este levam muitas empresas a dificuldades e até à falência. Por outro lado, aquelas que conseguiram proteger bem o seu caixa e se reinventar podem encontrar boas oportunidades de conquistas de mercado e de aquisições.
Porém, muitas transações não geram valor, pelo contrário, destroem. Uma operação de M&A bem-sucedida deve gerar sinergia, ou seja, resultar em uma entidade mais valiosa, por meio da obtenção de oportunidades que não estariam disponíveis caso ambas operassem independentemente. Portanto, mensurar corretamente as sinergias esperadas é essencial para se evitar eventual insucesso da operação.
Outro ponto importante é a realização de uma diligência legal, de modo a diagnosticar a real situação da empresa e apontar possíveis contingências. Identificados os riscos, existem mecanismos para mitigar seus efeitos negativos.
São comuns as escrow accounts, contas vinculadas em que se deposita parte do preço do negócio, a qual somente será liberada para o vendedor à medida que os riscos verificados não se concretizem. Porém, mesmo com todos esses cuidados, na prática, pouco mais de 20% das aquisições atingem a taxa interna de retorno planejada.
Grande parte das fusões malsucedidas se deve à falta de uma estratégia de integração que leve em conta questões importantes como a nova estrutura societária, o redesenho de operações e processos, as pessoas, a cultura organizacional, a comunicação e a gestão dos diversos projetos envolvidos na fusão.
Durante a integração, também é importante monitorar e administrar a satisfação dos clientes das duas empresas, o comprometimento dos colaboradores, a implementação de mudanças destinadas ao atingimento das expectativas de performance e o respeito ao cronograma estabelecido.
Nunca é possível assegurar o pleno êxito do processo, porém, a disciplina com relação às importantes etapas da avaliação das sinergias, à realização de “due diligence” e ao planejamento da integração é essencial para reduzir o risco de falhas e evitar que a transação engorde a estatística das operações malsucedidas...Leia mais em esbrasil 14/06/2020
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