04 junho 2020

Fundos devem ficar mais seletivos ao investir em startups do agro

Em meio ao efeitos da pandemia sobre a economia, expectativa é de que setor continue atrativo, mas dinheiro deve ir para negócios mais maduros

Em meio à pandemia de coronavírus, agro deve continuar atraindo investimentos, mas fundos devem ficar mais seletivos na hora de escolher startups onde aplicar seus recursos

Com o avanço da digitalização no campo, o aporte de fundo de investimentos em startups que comercializam soluções para a agropecuária cresceu nos últimos anos. Em meio aos efeitos da pandemia de coronavírus sobre a economia, a resistência do setor deve mantê-lo atrativo de investimentos, mas os investidores devem ser mais seletivos. Fundos deverão priorizar empresas mais maduras, onde já há uma proposta de valor concreta, ou mais testadas em relação à viabilidade econômica e operacional.

"A escassez que vai pegar a economia inteira acabará chegando às agritechs. Os negócios muito incipientes, que exigem trabalho de campo com o produtor em duas ou três safras para demonstrar eficiência, com certeza serão afetados", diz Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures, fundo de investimento em venture capital, àqueles referentes às empresas em estágio inicial. "A gente vai privilegiar negócios mais maduros."

As startups com uma linha de atuação e proposta de valor mais avançadas devem passar pela crise sem grandes problemas. "As empresas não estão perdendo clientes, pois o agro e a cadeia de fornecimento continuam operando. Mas a liberdade que o empreendedor tinha para resolver seus negócios ficou comprometida”, analisa o presidente da Associação Brasileira de Startups (Abstartup), Amure Pinho. “Por isso, negócios que estão começando no agro podem ter mais dificuldade para se desenvolver”, completa.

Mesmo com a maior seletividade em decorrência da crise econômica, há espaço para avançar. Um relatório feito pela Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap), em parceria com a consultoria KPMG, aponta que os investimentos em Venture Capital passaram de R$ 6 bilhões para R$ 10,2 bilhões entre 2018 e 2019, crescimento de 70% em apenas um ano, ou R$ 4 bilhões. O número de empresas que receberam aportes quase dobrou entre um ano e outro, de 122 para 216... Leia mais em revistagloborural 04/06/2020

04 junho 2020



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