Com 951 empresas e atrás apenas de São Paulo, Estado passa Rio de Janeiro e Minas Gerais em ranking da Abstartups e se revela celeiro para os negócios da inovação
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais formavam a tríade de Estados líderes em número de startups desde 2015, de acordo com levantamento anual da Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Mas a hegemonia acabou com a divulgação, em abril deste ano, do último relatório da entidade, que apontou o Rio Grande do Sul no segundo lugar do ranking, com 951 startups, ficando atrás apenas de São Paulo (3.671) desde dezembro.
A ascensão do Rio Grande do Sul é fruto de um conjunto de ações que envolve iniciativa pública, instituições de ensino e de fomento ao empreendedorismo e grandes empresas que se voltaram aos pequenos em busca de inovação.
“O Sebrae, quando impulsionado por um líder local, consegue fazer muitos eventos de aproximação entre empreendedores e investidores. E isso está acontecendo no Rio Grande do Sul de forma massiva”, diz o presidente da Abstartups, Amure Pinho. “Ao mesmo tempo, empresas como GetNet e Grupo Randon fizeram com que muitos jovens começassem a criar seus negócios por meio de programas de aceleração. Isso mostra que um Estado organizado é capaz de assumir a dianteira”, afirma.
Grandes aceleradoras, como Ventuir, Wow e Grow+, além de parques tecnológicos em universidades, como o TecnoPuc (da PUC-RS) e o Tecnosinos (da Unisinos), em Porto Alegre, também são importantes, nesse processo de crescimento.
Outro ponto que mostra que o “ecossistema” tecnológico do Rio Grande do Sul cresce de maneira sólida é a divisão equilibrada entre os segmentos de mercado, como 5,8% atuando no varejo/ atacado; 5% em educação; 4,7% em saúde; 3,9% em finanças; e 3,3% em desenvolvimento de softwares, entre outros.
Negócio na prática. Após empreender em Santa Catarina, Eduardo Prange voltou para Porto Alegre em 2016 para encontrar os futuros sócios da Zeeng, plataforma de análise de dados voltada para o setor de marketing. Fundada em 2017, a startup tem 3.500 clientes, entre eles marcas como Locaweb e Mercedes Benz.
“O Rio Grande do Sul sempre revelou muitas empresas de tecnologia, mas ficou para trás quando passou apenas a exportar seus profissionais para outros Estados. Foi assim que o empreendedorismo deixou de ser o protagonista”, diz Prange.
O empreendedor afirma que o conjunto de ações de vários atores do ecossistema é fundamental para a criação e a instalação de novas empresas na região e destaca a iniciativa PoA Inquieta, que, entre suas atividades, promove o fomento ao empreendedorismo para negócios da economia criativa.
“Posso falar com um olhar bastante neutro, sem bairrismo (pois tive a oportunidade de empreender em outro Estado), que sem dúvida o Rio Grande do Sul é referência para o sistema de inovação no País. Ele está voltando aos poucos ao patamar que nunca deveria ter deixado, que é ser protagonista de seus mercados”, afirma Prange.
A Zeeng tem hoje nove funcionários e, apesar de já ter mais de 80% da base de clientes fora do Estado, Prange afirma que não há motivos para deslocar a operação para São Paulo – movimento comum de muitas startups.
“Temos mão de obra qualificada e certamente os custos acabam sendo menores do que em São Paulo. É muito mais vantajoso ter a operação aqui.” Fonte:O Estado de S.Paulo Leia mais em portal.newsnte 02/05/2019
02 maio 2019
Rio Grande do Sul vira 2º maior polo de startups do País
quinta-feira, maio 02, 2019
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Ruy Moura
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