A francesa Engie foi a escolhida pela Petrobrás para ter exclusividade nas negociações de compra de 90% do gasoduto Transportadora Associada de Gás (TAG). As duas empresas têm até 31 de maio para chegar a um acordo sobre as bases do negócio, de US$ 8 bilhões. Caso não consigam entrar em consenso, os outros interessados voltam ao páreo com a oportunidade de fazer novas propostas, dizem fontes.
Na primeira fase das negociações, além da Engie, o ativo da Petrobrás era disputado pelo fundo Mubadala, de Abu Dabi, e pelo consórcio formado entre o banco australiano Macquarie e Itaúsa, braço de investimento da família Setubal, sócia do Itaú. O gasoduto também foi sondado pelo fundo Pátria, mas a gestora brasileira, que tem parceria com o fundo americano Blackstone, desistiu por causa do elevado desembolso, segundo fontes.
A venda da TAG é considerada estratégica para a Petrobrás, que está em processo de desinvestimento de ativos para fazer caixa e honrar os compromissos. Se concretizada, a transação será a maior já realizada pela estatal. Em setembro de 2016, a petroleira vendeu 90% do gasoduto Nova Transportadora do Sudeste (NTS), sendo 82,35% para a gestora canadense Brookfield e 7,65% para o Itaúsa. A estatal levantou US$ 4,2 bilhões com esse negócio.
A TAG é uma companhia que atua no setor de transporte de gás natural, detendo atualmente autorizações de longo prazo para operar e administrar um sistema de gasodutos de cerca de 4,5 mil quilômetros (km) de extensão, localizados nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Procurada, a Engie não quis se pronunciar e afirmou apenas que acompanha a evolução da cadeia de valor do gás no Brasil e está avaliando oportunidades de negócios. A presidente global da companhia Isabelle Kocher tem confirmado no exterior o interesse da empresa no ativo. O negócio tem cláusulas de confidencialidade, que proíbem as partes de se pronunciar. A Petrobrás não comentou o assunto.
Vendas. Desde que assumiu a presidência da Petrobrás, em maio de 2016, o executivo Pedro Parente tem acelerado o processo de venda de negócios considerados não estratégicos para a estatal. O desafio da empresa é alcançar até o fim deste ano US$ 21 bilhões com a venda dos negócios.
No ano passado, a companhia levantou US$ 4,5 bilhões com o plano de desinvestimento, sendo US$ 4 bilhões em dezembro. Além de vender uma fatia de 25% do campo de Roncador, a estatal concluiu o processo de abertura de capital da BR Distribuidora, que reforçou o caixa em R$ 5 bilhões, e vendeu o campo de Azulão, na Bacia do Amazonas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. ESTADÃO Leia mais em dci 04/05/2018
05 maio 2018
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sábado, maio 05, 2018
Compra de empresa, Desinvestimento, Infraestrutura, Investimentos, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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