10 julho 2017

Zephyr da Bureau van Dijk relata quedas no valor de M&A na América Latina no primeiro semestre de 2017

O volume e o valor de fusões e aquisições (M&A — mergers and acquisitions) relativas a empresas na América do Sul e América Central declinaram no primeiro semestre de 2017, de acordo com informações coletadas pelo Zephyr, principal banco de dados de M&A.

No todo, foram 352 transações, com um valor combinado de US$ 22,382 bilhões, anunciadas durante o período de seis meses. Por volume, isso representa um aumento de 6% nas 332 transações anunciadas no segundo semestre de 2016, apesar de o valor haver caído 41%, de US$ 38,225 bilhões, no mesmo período de tempo. A história foi mais positiva na comparação com o mesmo período do ano passado, porque, de fato, o valor aumentou sobre o valor de US$ 20,023 bilhões das transações registradas no primeiro semestre de 2016.

O Zephyr mostra que ocorreram quatro transações no valor de mais de US$ 1 bilhão, anunciadas na região durante o primeiro trimestre de 2017. A Vale realizou a maior transação em valor, porque está no processo de absorver sua empresa holding, a Valepar, por meio de uma reestruturação corporativa avaliada em US$ 1,904 bilhão. A segunda maior transação no período foi a do Itaú Unibanco, que anunciou planos de adquirir um pouco menos de 50% da XP Investimentos por US$ 1,800 bilhão.

O Zephyr mostra que o Brasil foi o país mais frequentemente visado na América Latina, no primeiro semestre, com 150 transações no valor de US$ 14,589 bilhões, representando dois terços do valor total da região e 42% do volume geral. Um aumento no valor das transações visando empresas sediadas no Uruguai, Trinidad e Tobago, Panamá, Costa Rica, Barbados e Bolívia ocorreu à custa dos quatro países mais bem posicionados, o Brasil, o México, a Argentina e o Chile.

A diretora do Zephyr, Lisa Wright, declarou: “Embora o declínio no valor das fusões e aquisições na América Latina, em comparação com o segundo semestre de 2016, tenha sido desalentador, vale a pena observar que esse valor é mais alto do que o do período correspondente do ano passado. Isso está de acordo com a atividade geral global e sugere que 2017 está a caminho de melhorar os resultados de 2016, antes de o ano chegar a seu final. Também é encorajador observar que os adquirentes internacionais estão realizando atividades de M&A no desenvolvimento de mercados e algumas delas são transações de alto valor, como provado no investimento de US$ 960 milhões da Shandong Gold Mining da China na mina de ouro argentina da Barrick”.

O banco de dados Zephyr mostra que as transações de participações privadas e capital de risco seguiram um padrão similar ao das atividades de M&A no primeiro semestre de 2017. Os US$ 2,125 bilhões investidos durante os seis meses representam um declínio em comparação com os US$ 7,713 bilhões em transações registradas no segundo semestre de 2016. No entanto, o resultado marca uma melhora sobre os US$ 583 milhões investidos no primeiro semestre de 2016. Nenhuma transação de participações privadas e capital de risco teve valor maior que US$ 1,000 bilhão no primeiro semestre de 2017, porque a maior transação por valor envolveu a aquisição pela Actis dos parques eólicos brasileiros da Gestamp Energias Renovables por US$ 765 milhões. Por PRNewswire leia mais em exame 10/07/2017

10 julho 2017



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