31 julho 2017

Vale negocia compra de fatia da Samarco que pertence à BHP

Segundo colunista, transação entre as duas companhias deve ser fechada em seis meses

A fatia da Samarco que pertence à BHP será vendida para a sócia, Vale, em até seis meses. A informação é do colunista de O Globo, Lauro Jardim, que afirma que o destino da mineradora já estaria selado.

Procurada por A GAZETA, a assessoria de imprensa da Vale disse que não falaria sobre o assunto, mas especialistas da área garantem que, embora a decisão tenha sido recebida com certa surpresa, medida não era inesperada.

O consultor de negócios e presidente do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metal Mecânico (CDMEC), Durval Vieira de Freitas, explicou que esse é um caminho natural entre acionistas. “É um assunto que nos pegou de surpresa, mas que não era inesperado porque é o que deveria de fato acontecer. Quando ocorrem acidentes como o da Samarco, é comum uma das empresas abandonar a sociedade”, frisou.

Durval também apontou o que seriam os pontos positivos e negativos da possível venda. De acordo com o consultor, a principal vantagem é que a venda pode contribuir para uma aceleração no processo de retorno das atividades da Samarco, apesar do mercado perder mais um cliente à medida que todas as atividades se concentrariam na Vale. “No campo geral não é ruim para a economia do Estado”, avaliou.

números

Os impactos econômicos caso a venda se concretize são enormes, já que deve acelerar a volta da empresa. Isso porque a inatividade da mineradora, apenas em 2017, traz números alarmantes.

Na última quinta-feira, a Vale descartou o retorno das atividades da Samarco ainda neste ano devido ao prolongamento das negociações com Minas Gerais para a concessão de licenças ambientais. Não há previsão de quando o processo estará concluído.

Estudo realizado pela Tendências Consultoria Integrada revelou que, no campo da geração de empregos por exemplo, a inatividade da Samarco coloca em risco cerca de 4 mil empregos diretos e indiretos no Estado, fazendo com que todos os possíveis empregados, juntos, deixem de receber R$ 283 milhões no ano.

Além disso, o Estado perde cerca de 8% das exportações, o que corresponde a uma operação de US$ 766 milhões. Leia mais em gazetaonline 30/07/2017

31 julho 2017



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