30 outubro 2016

Diretoria da Petrobras confirma desistência da UFN 3

Empresa confirma saída do segmento de fertilizantes e venda da fábrica de Três Lagoas
Unidade de fertilizantes será colocada à venda pela estatal, segundo novo Plano de Negócios

A Petrobras confirmou ao Jornal do Povo que pretende sair do segmento de fertilizantes e que o processo de venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3), em Três Lagoas, está sendo avaliado. Em dezembro deste ano completam-se dois anos que a construção da fábrica está paralisada, com cerca de 81% de sua planta física executada.

A venda na UFN 3 já é dada como certa, já que a Petrobras não incluiu a conclusão da fábrica no  Plano Estratégico e no Plano de Negócios e Gestão 2017-2021, lançado no final do mês passado. O plano prevê arrecadar ao menos US$ 19,5 bilhões com a venda de ativos - os chamados “desinvestimentos” - e parcerias,  entre 2017 e 2018.

A petrolífera divulgou, em nota ao mercado, que busca uma “recuperação da solidez financeira”, além de reduzir sua enorme dívida, sem precisar fazer novas captações no mercado financeiro.  O endividamento da estatal, no final de julho, era de R$ 397 bilhões.

 Esse Plano de Negócios é o primeiro sob a gestão de Pedro Parente, que assumiu a presidência da Petrobras em junho deste ano, nomeado pelo presidente Michel Temer (PMDB).

O detalhamento da alienação da UFN 3 ainda não foi divulgado. No entanto, de acordo com o plano, a Petrobras pretende “otimizar o portfólio de negócios, saindo integralmente das atividades de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP [gás de cozinha], produção de fertilizantes e das participações  em petroquímica, preservando competências tecnológicas  em áreas com potencial de desenvolvimento”.

O plano prevê investimentos de US$ 74,1 bilhões, sendo 82% na área de exploração e produção de petróleo. Nas demais áreas, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural.

Além da UFN 3, a estatal possui negócios no gasoduto Brasil-Bolívia e na termelétrica Luiz Carlos Prestes. Por Ana Cristina Santos Leia mais em jpnews 30/10/2016

30 outubro 2016



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