A Vale fechou em 2014 um acordo para transferir parte de suas operações logísticas e de carvão em Moçambique
Sobre a parte de ativos "core", Nogueira disse que o plano de desinvestimentos da Vale considera um cenário de preços de commodities mais desafiador do que o atual
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
A Vale acredita que houve avanços no processo de desinvestimento em joint venture de carvão em Moçambique, segundo afirmou nesta quinta-feira (16) Rogério Nogueira, diretor de Controladoria e Relações com Investidores da mineradora. Durante reunião em São Paulo com analistas e investidores, ele reiterou a expectativa da companhia de levantar até US$ 15 bilhões com desinvestimentos até 2017.
A Vale fechou em 2014 um acordo para transferir parte de suas operações logísticas e de carvão em Moçambique, na África, para a trading japonesa Mitsui. Nogueira considerou que a conclusão do processo se demonstrou mais complexa do que o esperado inicialmente, mas disse que a Mitsui se manteve uma aliada.
Nogueira informou que a transação tinha como condições precedentes o levantamento de project finance para um corredor logístico. De acordo com ele, esse processo demorou mais do que o previsto, pois envolveu negociações de demandas dos credores com os governos locais. "Estamos com cronograma de conclusão ainda no terceiro trimestre", disse ele, que não descartou, porém, a possibilidade de que esse prazo se estenda de alguma forma por questões também de conclusão dos procedimentos necessários junto aos governos.
Segundo ele, um acordo já foi assinado com Moçambique "com um pacote de decisões ministeriais importantes". "Um acordo similar ao que foi assinado com Moçambique está sendo negociado com Malawi e, depois disso, a companhia volta aos credores para fazer assinatura dos contratos", afirmou. "Apesar do tempo, o projeto continua caminhando firme", concluiu.
Venda de ativos
Nogueira voltou a apresentar os planos de desinvestimento da companhia para este ano e 2017. Há expectativa de levantar entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões com a venda de ativos considerados "non-core" e até US$ 10 bilhões em ativos "core", ligados à atividade principal da companhia.
Além do negócio de carvão, a venda de navios Valemax está prevista entre os planos na parte de ativos "non core". Esse desinvestimento, que poderia levantar até US$ 700 milhões, pode ocorrer ao longo dos próximos doze meses, disse Nogueira. Segundo o executivo, a conclusão poderia ocorrer ainda este ano, mas o prazo dado considera a possibilidade de algum atraso.
Sobre a parte de ativos "core", Nogueira disse que o plano de desinvestimentos da Vale considera um cenário de preços de commodities mais desafiador do que o atual. De acordo com ele, esses desinvestimentos poderiam não ser necessários num cenário otimista, mas a companhia se prepara "para um cenário mais adverso do que o nosso cenário base".
Questionado por um investidor sobre o cronograma para esses desinvestimentos "core", Nogueira avaliou que o ritmo depende de condições de mercado. "Caso a gente sinta que o mercado está muito melhor, a velocidade e o apetite para lidar com certas operações muda. Isso é muito mais uma analise relativa de valor", concluiu.Estadão Conteúdo Leia mais jconline.ne10.uol 16/06/2016
17 junho 2016
Vale reitera expectativa de levantar até US$ 15 bi com desinvestimentos até 2017
sexta-feira, junho 17, 2016
crise, Desinvestimento, Logística, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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