19 setembro 2013

BNDES e Mandiq aportam R$ 300 milhões na ERB

A Energias Renováveis do Brasil (ERB) concluiu recentemente a captação de R$ 300 milhões. Com os novos recursos, a companhia prevê tirar do papel quatro projetos de cogeração de energia até o início de 2014 e outros três empreendimentos até 2015. O dinheiro foi aportado pela BNDESPar, empresa de participações do banco estatal de fomento, e o Fundo Caixa Ambiental, da Mantiq Investimentos. A gestora de fundos de private equity é controlada pelo banco Santander e está entre as maiores do país com foco em infraestrutura.

 Os dois investidores entraram no capital da ERB, que emitiu ações para abrigar seus dois novos sócios. Com a operação, a BNDESPar e o Fundo Caixa Ambiental vão dividir o controle da novata de energia com seus dois outros acionistas: o FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e da Rioforte Investments, controlada pelo Banco Espírito Santo.

 O primeiro projeto da companhia foi encomendado pela Dow e deve entrar em operação em breve. Neste caso, a térmica construída pela ERB vai gerar vapor e energia a partir da queima de cavaco de madeira para a fábrica da multinacional americana na Bahia.

 Ao aumentar o capital em R$ 300 milhões, a empresa poderá emitir mais dívidas e levantar os recursos necessários para financiar seus outros projetos. Os oito empreendimentos que a companhia possui em carteira vão demandar investimentos entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,7 bilhões, afirmam os dois principais executivos da companhia, Emilio Rietmann e Paulo de Tarso Vasconcellos Neto.

 Nos projetos de infraestrutura, os empreendedores buscam financiar a maior parte dos investimentos. Normalmente, apenas 30% do valor investido é bancado com capital próprio. Os 70% restantes são levantados com a emissão de dívidas. Segundo Rietmann, a ERB prevê manter uma proporção de 25% (equity) e 75% (dívida).

 A ERB se especializou na implementação de projetos integrados de cogeração de energia para grandes indústrias. Os empreendimentos contemplam desde o fornecimento da biomassa, como o cavaco de madeira, à construção das usinas térmicas para abastecer as unidades fabris. Os clientes da ERB são indústrias químicas e de celulose, segundo os executivos, que não revelam os nomes das empresas com quais estão negociando. Os projetos estão em fases diferentes de maturação, afirma Rietmann. A companhia já assinou dois contratos e prevê fechar outros três acordos até o fim do ano.

 No projeto feito para a Dow, em Candeias, na região metropolitana de Salvador (BA), foram investidos R$ 260 milhões. A usina vai produzir tanto vapor, que é utilizado no processo de produção de produtos químicos, quanto energia elétrica. Essa mesma usina foi inscrita no próximo leilão de energia nova, que será realizado pelo governo.

 Os executivos da ERB estão otimista com os preços alcançados no último leilão de energia térmica, de R$ 136 por MWh. "O preço foi muito melhor que nos leilões anteriores e é um sinal promissor. O que todo mundo quer saber é se eles vão se manter ou se foram um ponto da curva", diz Rietmann. Valor Econômico | Claudia Facchini
Fonte: portosenavios 19/09/2013
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BNDESPar compra R$ 93,3 milhões de ações da ERB 

A empresa é uma startup, especializada em soluções energéticas ambientalmente sustentáveis.

A parceria com a startup prevê a listagem das ações da empresa no segmento Bovespa Mais, no prazo de dois anos.

 O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio da BNDES Participações, aprovou operação de subscrição de ações, no valor de R$ 93,3 milhões, na empresa Energias Renováveis do Brasil (ERB), especializada em soluções energéticas ambientalmente sustentáveis. Os recursos destinados pela se somarão ao aporte de R$ 120 milhões do Fundo Caixa Ambiental, gerido pela Mantiq Investimentos (Grupo Santander).

 Eles vão compor parte do funding da ERB para o desenvolvimento de projetos de cogeração de energia elétrica a partir de biomassa (principalmente eucalipto), que contribuem para a redução de emissão de gases de efeito estufa.

 A ERB é atualmente uma startup, cujo primeiro projeto entrará em operação em outubro. O objetivo é fornecer vapor de processo para a planta petroquímica da DOW Química instalada em Candeias (BA), além de exportar 11 MW médios para o Sistema Interligado Nacional.

 Fundada em 2008, a ERB, localizada em São Paulo, possui modelo de negócio baseado na tecnologia da geração de vapor e eletricidade à base de biomassa para grandes clientes industriais, a custos significativamente mais baixos do que as alternativas fósseis atualmente utilizadas.
Fonte: Brasil Econômico 19/09/2013
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19 setembro 2013



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