01 junho 2012

George Soros e grupo Foxx perto de fechar compra da Haztec por R$ 800 mi

O grupo paulista Foxx e o financista húngaro-americano George Soros estão perto de fechar a compra da Haztec, uma das principais empresas brasileiras da área ambiental.

O valor do negócio está estimado em cerca de R$ 800 milhões - entre desembolso e o valor da dívida que será assumida pelos novos donos, disseram ao 'Estado' fontes envolvidas na operação.

 Se concretizada, a operação, será a segunda aquisição de Soros, dono de uma das maiores fortunas do mundo, no Brasil.

 Endividado após uma política agressiva de aquisição de concorrentes, o fundador da Haztec, Paulo Tupinambá, já tinha perdido o controle da empresa para seus sócios - fundos de investimento InfraBrasil e FIP Caixa Ambiental, administrados pelo Banco Santander, e um fundo do Bradesco. São eles que estão vendendo suas participações à Foxx e a Soros.

 Procurados pela reportagem, a Haztec não quis se manifestar. A Foxx enviou uma nota em que nega a compra, mas afirma que avalia oportunidades de aquisições em seus setores de atuação.

 A Haztec estava à venda há algum tempo e foi avaliada por fundos especializados na compra de participação em empresas (private equity). Chegou a ser negociada com a Queiroz Galvão e com a Odebrecht.

 Dois anos atrás, chegou-se a dar como certa a sua fusão com a Estre Ambiental, do empresário Wilson Quintela Filho, operação que criaria a maior empresa brasileira do setor ambiental.

 Pouco se sabe a respeito da Foxx. Ela pertence ao empresários Ismar Machado Assaly, antigo dono da indústria de sardinhas Gomes da Costa, e Milton Pilão Júnior, da indústria de máquinas Pilão. A holding, criada em 2008, controla duas empresas: a Foxx Soluções Ambientais, de conservação e limpeza urbana, e a Foxx Inova Ambiental, que atua em tratamento de resíduos sólidos e geração de energia por meio de fontes renováveis.

 A Foxx Soluções Ambientais tem contratos de prestação de serviço com as prefeituras de Barueri e Americana, no interior de São Paulo. A empresa também apresentou um projeto de construção de uma usina de incineração de lixo, no ano passado, ao município de Maringá, no interior do Paraná. O projeto ainda não saiu do papel, mas está avaliado em até R$ 200 milhões, segundo a imprensa local.

 Crescimento rápido. A Haztec, criada em 1999, é considerada uma empresa tecnicamente bem preparada, mas se perdeu numa série de aquisições entre 2007 e 2009, quando comprou sete empresas.

 A Haztec está presente em todo o Brasil e tem 800 clientes, segundo informações do seu site na web. A empresa diz processar 83 milhões de metros cúbicos de água e efluentes por ano e 7 milhões de toneladas de resíduos sólidos. Em sua lista de clientes, cita nomes como Braskem, Basf, Shell, Rhodia e Klabin. Por David Friedlander e Marina Gazzoni
Fonte:O Estado de S. Paulo 31/5/2012

01 junho 2012



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