22 dezembro 2011

2012: Um ano de incertezas para a indústria de TIC

Com um olho voltado para os acontecimentos externos e outro nas condições internas do país, as empresas do setor eletroeletrônico preveem um cenário de incertezas para o próximo ano. Seus representantes defendem a necessidade de ações do governo para solucionar as barreiras à competitividade e impedir a continuidade do processo de desindustrialização.

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee), o setor deverá crescer 13%, atingindo um faturamento de R$ 152 bilhões. A balança comercial deverá apresentar déficit de US$ 37 bilhões, 17% acima de 2011. E, em função desses números, a cautela domina as previsões para o novo ano.

Para o diretor de Informática da entidade, Hugo Valério, 2012 será um ano difícil, com crescimento pequeno. Alguns fatores podem se tornar grandes inibidores do crescimento. Segundo o executivo, os principais desafios para a área de informática são os efeitos da crise europeia e americana no mercado nacional que, de acordo com Valerio, podem trazer retração de consumo e aumento da concorrência dos importados que buscarão o mercado brasileiro de forma muito agressiva.

Outro ponto crítico, reporta o executivo, será em relação à oferta de componentes - como o caso do HDD -, em razão das enchentes ocorridas na Ásia, as quais invadiram muitas fábricas e afetaram a logística dos países fornecedores. Já para Paulo Castelo Branco, diretor de Telecom da entidade, o desempenho do setor em 2012 terá a influência de vetores que podem ser catalogados como oportunidades e outros claramente como obstáculos.

Do lado das oportunidades, observa Castelo Branco, tem um mercado ainda demandante de serviços e que parece estar longe da saturação. O fato mais relevante é a proximidade de eventos esportivos internacionais que demandarão serviços de TIC em geral. Segundo o executivo, a rede de telecomunicações encontra-se no limite de sua capacidade e que qualquer pequeno acréscimo de demanda de cada uma das fontes de tráfego gera grande necessidade de ampliação dos meios.

Ainda para Castelo Branco, o ano de 2011 termina com a crise econômica europeia ainda longe de um equacionamento, e com os Estados Unidos patinando para sair da crise de 2008. O grande temor é saber se as operadoras estarão, de fato, interessadas em investir nas redes 4G, com leilão previsto para abril do ano que vem. Se houver interesse, sustenta o diretor de Telecom, 2012 tem grandes chances de ser um bom ano para a indústria de telecomunicações
Fonte:ConvergênciaDigital21/12/2011

22 dezembro 2011



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