12 julho 2011

Com 8 grandes negócios, BR Properties fica entre mais agressivas

Entre as principais compras, estão dois edifícios na Avenida Paulista, em São Paulo, por R$ 477 milhões, e galpões industriais

Com grande apetite para as compras, a BR Properties vem se destacando no mercado de administração de imóveis comerciais do país, um dos mais aquecidos dos últimos anos. Em 2010, foram pelo menos oito grandes negócios e a empresa se destacou entre as Empresas Mais Agressivas em fusões e aquisições, no Prêmio iG/Insper Negócio do Ano. Para esta categoria, foi usada o banco de dados DealWatch, da consultoria ISI Emerging Markets, que computa todos os negócios de fusões e aquisições tornados públicos, inclusive compra de propriedades.

Entre as principais aquisições, a empresa assumiu os ativos da Traviu Empreendimentos Imobiliários, em uma operação de mais de R$ 157 milhões. Levou dois grandes galpões industriais na cidade de Louveira (SP), à beira da Rodovia Anhanguera. Os dois estabelecimentos possuem Área Bruta Locável (ABL) de 88.643 metros quadrados. Os imóveis fazem parte do Distribution Park Louveira, que compreende outros seis galpões de logística, armazenagem e distribuição e que já pertenciam à BR Properties.
A BR Properties comunicou também a entrada no mercado de locação para varejo ao adquirir a totalidade das quotas do Fundo de Investimento Imobiliário Comercial Progressivo II, administrado pelo banco Ourinvest.

O patrimônio reúne participações em quatro edifícios de escritório na capital paulista e 29 lojas distribuídas em 13 estados brasileiros, todos instalados em grandes centros comerciais, shoppings centers e avenidas. Das 29 lojas, 26 estão locadas para a varejista de roupas C&A (15 âncoras de shopping e 11 de rua).

Também se destacam no portfólio do fundo os edifícios Santa Catarina e Cetenco Plaza – Torre Norte, ambos localizados na Avenida Paulista, em São Paulo (SP). O valor total da operação foi de R$ 477 milhões.

Em outros negócios, a BR Properties adquiriu um galpão industrial na cidade de Araucária (PR), pelo preço de R$ 69,9 milhões, e vendeu para a Majofil, pela quantia de R$ 21,5 milhões, o Edifício Generali, em São Paulo (SP).

A empresa comprou ainda o edifício Torre Nações Unidas, antigo prédio-sede da Nestlé, localizado na região da Marginal Pinheiros, uma das principais e mais valorizadas regiões de escritórios da cidade de São Paulo.

A BR Properties abriu capital em 2010. A oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da empresa movimentou R$ 1,074 bilhão. A empresa obteve preço de R$ 13 por ação, pouco abaixo do piso da faixa indicativa inicial - que variava entre R$ 14 e R$ 18.

Capitalizada logo após a chegada à Bolsa, a companhia fez a sua primeira aquisição. Comprou da americana Tishman Speyer um edifício comercial na região de Alphaville por R$ 180 milhões. Batizado de Castelo Branco Office Park, o edifício tem 14 andares e 32 mil metros quadrados de área bruta. Metade do edifício já está alugado para a Redecard e Phillips. O aluguel médio na região é de R$ 45 o metro quadrado, contra uma média de R$ 100 nas localidades mais nobres de São Paulo, como a Faria Lima.

A BR Properties foi constituída em 2004, sob a denominação social de Itarema Participações. Em 2006, recebeu o novo nome e obteve registro de companhia aberta e transferiu parcelas de seu patrimônio líquido para quatro novas sociedades.


Entre as principais compras, estão dois edifícios na Avenida Paulista, em São Paulo, por R$ 477 milhões, e galpões industriais
Recentemente, o fundo do governo de Cingapura (Government of Singapore Investment Corporation - GIC) comprou uma participação correspondente a 6,6% do total de ações ordinárias da BR Properties.

De acordo com o analista do Santander Flavio Queiroz, o crescimento econômico que estimula a expansão das companhias e a oferta limitada de escritórios em áreas nobres deve continuar trazendo boas perspectivas para os papéis do setor. “O valor das ações ainda vão acompanhar essa tendência", afirma.

Para o Santander, um dos coordenadores da IPO da empresa, o potencial de valorização dos papéis da área até o fim de 2011 é estimado em 40%. Entre as três empresas listadas em bolsa – além dela, São Carlos e Cyrela Commercial Properties (CCP) – as da BR Properties são as mais líquidas.
Fonte: iG12/07/2011

12 julho 2011



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