15 novembro 2018

Startup brasileira quer unir paciente, médico e fornecedor de maconha medicinal

Plataforma Dr. Cannabis recebeu R$ 750 mil em financiamento coletivo neste ano e deve abrir nova rodada de investimentos em 2019 via private equity

A importação de maconha para uso medicinal foi autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no final de 2014. Mas apesar de quatro anos terem se passado, pouco avanço tem sido registrado em relação à liberação desses medicamentos no Brasil.

Desde 2015, 4.500 pacientes obtiveram a permissão para importar os canabinoides e 800 médicos foram habilitados a prescrevê-los  — o Brasil atualmente possui 452 mil profissionais registrados na Federação Nacional dos Médicos.

Em meio à burocracia e ao preconceito, uma startup brasileira criada este ano pretende atuar como plataforma de conexão entre médicos, pacientes e fornecedores de maconha medicinal: a Dr. Cannabis.

"O Brasil é um dos mercados mais reprimidos do mundo quando se trata de cannabis medicinal. Falta conhecimento científico no Brasil e falta conhecimento dos médicos e pacientes sobre o assunto", argumenta Viviane Sedola, fundadora da platafarma.

Por meio de algoritmos e inscrições voluntárias, o site organiza um banco de dados de médicos da América Latina que prescrevem os canabinoides, pessoas habilitadas a comprar os medicamentos (apenas autorizados em óleo) e fornecedores, que ainda são todos estrangeiros.

Para orientar os brasileiros, o site também conta com forúns e informações sobre o uso da maconha medicinal para tratamento de doenças crônicas.

De acordo com Viviane, a plataforma deve ser financiada pelas próprias farmacêuticas, que pagarão uma porcentagem sobre as vendas dos produtos.

"A expectativa é que 40% dos médicos cadastrados para oferecer os medicamentos estejam inscritos na rede até 2020", projeta a empreendora, que foi uma das cofundadoras da Kickante, de financiamento coletivo.

Nos últimos meses, a Dr. Cannabis recebeu R$ 750 mil em crowdfunding. Para 2019, Viviane espera uma nova rodada de investimentos, provavelmente via private equity.

"As farmacêuticas estão vendo o Brasil como um mercado potencial, principalmente por sua dimensão territorial. A grande expectativa é que o país produza os próprios medicamentos", afirma a empresária... Leia mais em epocanegocios 14/11/2018


15 novembro 2018



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