29 agosto 2013

SAP quer atrair 145 mil PMEs brasileiras para ERP na nuvem

Estimativa da produtora de software é chegar a essas empresas num prazo de 3 anos com o pacote Business One, por meio de parcerias com bancos, operadoras de telecom, data centers, entre outros tipos de aliados.

 A busca por mais competitividade vai estimular pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras a investirem em sistemas de gestão empresarial (ERP) na nuvem, aposta a SAP. Com essa expectativa, a produtora alemã de software está alinhavando parcerias com data centers, parceiros de soluções, bancos e outras organizações locais para aumentar sua participação nesse segmento.

 A oferta da SAP é o pacote Business One, ERP direcionado para PMEs, que já está sendo ofertado no Brasil por cerca de 20 parceiros no modelo de software como serviço (SaaS). Segundo Sandra Vaz, vice-presidente de vendas para o ecossistema e canais da SAP SoLA (Southern Latin America), essas empresa podem melhorar a gestão de seus negócios com essa solução, pagando uma mensalidade a partir de R$ 300 reais por usuário.

 "Ao optar pelo modelo de nuvem, as empresas não precisam fazer nenhum investimento inicial nem em software nem em hardware", comenta a executiva da SAP, que revela que a companhia já conta com 200 clientes de cloud no Brasil.

 A expectativa da executiva é elevar esse número para 145 mil contratos num prazo de 3 anos. Essa estimativa é com base em estudos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que revela existir cerca de 440 mil PMEs no País que não contam com nenhuma ferramenta de gestão.

 Para Sandra, sua meta de conquistar um exército de empreendedores num prazo tão curto não é uma missão impossível. Ela conta que o caminho para chegar a esses pequenos negócios pode ser encurtado se a SAP conseguir fechar uma parceria com um banco ou uma operadora de telecomunicações, que têm esses empreendedores em sua carteira de clientes.

 Além de acordos com grandes organizações, a SAP está alinhavando parcerias com data centers e parceiros de soluções. Atualmente, a empresa conta com credenciados para ofertar seus produtos na nuvem como Sonda IT, Ramo Sistemas, Engine e Algar Telecom.

 Peso das PMEs na cloud 

 Para Fernando Belfort, líder de tecnologia da Frost & Sullivan para a América Latina, o modelo de compra de TI na nuvem pode ser atrativo para as PMEs, que possuem recursos escassos para investir em tecnologias de ponta. A cloud, segundo ele, abre uma porta para esses empreendimentos informatizarem seus negócios e ganhar mais competitividade no mercado.

 Essa necessidade vai fazer com que as PMEs respondam por 45% da receita dos negócios de nuvem no Brasil. Estudos da Frost & Sulivan apontam que a venda de TI no modelo de serviços vai registrar crescimento exponencial nos próximos 5 anos, sendo que o faturamento das aplicações do modelo SaaS fechará 2013 com um salto de 74%, alcançando US$ 302 milhões, ante 174 milhões em 2012.

 As estimativa da empresa de pesquisa para os negócios com SaaS no Brasil até 2017 é de uma receita de aproximadamente US$ 1,3 bilhão.

 Entre as soluções mais utilizadas nesse modelo pelas empresas estão o e-mail, adotado por 57% das empresas, entrevistadas pela consultoria. Em segundo lugar aparecem os ERPs, seguidos das aplicações de CRM e Business Inteligence (BI). Por EDILEUZA SOARES
Fonte: tiinside 28/08/2013

29 agosto 2013



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