12 outubro 2020

EV/Ebitda: veja como calcular e interpretar esse indicador

Quem está chegando agora no mercado financeiro já se deparou com siglas e conceitos que parecem complexos e compreensíveis apenas para quem é da área. O EV/Ebitda é um deles. E ao contrário do que se imagina, investidores iniciantes também podem (e devem) saber interpretá-lo, especialmente para comparar empresas.

Esse é um indicador popular na análise fundamentalista. Ajuda na avaliação da saúde financeira, gestão, e tudo o mais o que se relaciona com os fundamentos da empresa.

Isso porque ele consegue dar uma ideia ao investidor de quanto custaria a organização, depois de descontado o seu caixa.

EV (Enterprise Value)

O EV nada mais é do que o valor que precisa ser desembolsado caso se queira comprar a companhia.

Quando se compra uma empresa, não são adquiridos somente os ativos, mas também todas as suas dívidas.

Dessa forma, o EV corresponde ao valor de mercado da empresa somado à sua dívida líquida, que é o endividamento total menos os recursos em caixa.

Por sua vez, o endividamento total deve ser obtido no último balanço patrimonial divulgado pela empresa. Nesse caso, devem ser consideradas as dívidas de curto e longo prazo.

                                 EV = valor de mercado da empresa + dívidas líquidas

Já o valor de mercado é obtido pelo preço da ação multiplicado pelo número total dos papéis em circulação.

          Valor de mercado da empresa = preço da ação x número de ações em circulação

Ebitda

O Ebitda é a sigla em inglês para o indicador que mostra o resultado operacional da empresa, sem deduzir juros, impostos, depreciação e amortização. Desse modo, ele expressa o potencial de geração de caixa, considerando somente a atividade fim da organização.

Para que serve o EV/Ebitda?

A relação entre o EV e o Ebitda mostra em quanto tempo o lucro operacional da empresa pode pagar o investimento realizado na sua aquisição.

No caso do investidor, a análise do EV/Ebitda é útil para:

  • comparar empresas nacionais e internacionais;
  • comparar empresas com diferentes estruturas de capital;
  • comparar empresas com diferentes formas de tributação;
  • eliminar os efeitos que não afetam o caixa, como depreciações e amortizações.

Por esses motivos, o indicador é muito utilizado para análise de processos de fusões e aquisições. Isso porque as empresas envolvidas na negociação podem ter níveis diferentes de endividamento e de alíquotas tributárias. Nesse caso, o indicador possibilita estimar o impacto das dívidas no novo quadro societário formado pelas duas companhias.

O indicador também pode ser utilizado para analisar a evolução do nível de endividamento da própria companhia ao longo dos anos.

E como interpretar a variação do indicador?

Primeiramente, para interpretar a evolução do índice, deve-se entender o que provocou a variação de cada um dos seus componentes.

Por exemplo, se somente o EV aumentar, pode ser que o mercado esteja mais otimista com a empresa e / ou suas dívidas tenham reduzido. Em contrapartida, pode ser também que a empresa só esteja aumentando de tamanho, e que seu resultado operacional esteja estagnado.

Por isso é importante analisar os dois indicadores, e não somente o aumento ou a queda do índice... Leia mais em euqueroinvestir 11/10/2020



12 outubro 2020



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