Mais uma indústria farmacêutica decide rever seus investimentos no Brasil e na América Latina. Segundo informações do Valor PRO, a Takeda está à procura de um comprador para a divisão de medicamentos isentos de prescrição no continente. A expectativa da companhia japonesa seria obter US$ 1 bilhão com a transação e a EMS é considerada uma das favoritas a adquirir os ativos.
Fontes ligadas ao setor e ao mercado financeiro relatam que o negócio chegou a ser oferecido também à Biolab e à Eurofarma. No entanto, ambas teriam desistido de apresentar uma proposta por demonstrarem interesse somente nas operações de OTC fora do Brasil. Já a EMS aposta no portfólio da Takeda, constituído de marcas como Eparema e Neosaldina, para crescer nesse segmento – que responde por até 30% do faturamento do laboratório asiático.
A Takeda informou que não comenta especulações de mercado e reiterou “seu compromisso para manter-se como uma empresa focada no lançamento de produtos inovadores de pesquisa e desenvolvimento, seguindo seu propósito de oferecer uma saúde melhor e um futuro mais brilhante àquele que está no centro de tudo o que faz: o paciente”. As demais indústrias não quiseram repercutir o assunto.
Em 2018, o laboratório já havia vendido seu negócio de genéricos no Brasil, o laboratório Multilab, para a Novamed – que integra o grupo NC, mesmo controlador da EMS. No início deste ano, o executivo-chefe Christophe Weber afirmou que a Nycomed, antiga proprietária do seu portfólio de OTC, estava entre os ativos vistos como não estratégicos pela companhia. No Brasil, essa categoria representa 14% da receita, mas está atrás dos medicamentos com prescrição e de hematologia.
Essa notícia acompanha o movimento de outras multinacionais do setor, que vêm abrindo mão de mercados tradicionais em troca de investimentos em medicamentos inovadores e biotecnológicos, o que tem estimulado o fechamento ou desinvestimento em fábricas de menor escala. Leia mais em Panorama Farmacêutico 04/04/2019
04 abril 2019
Takeda coloca à venda divisão de MIPs na América Latina
quinta-feira, abril 04, 2019
Compra de empresa, crise, Desinvestimento, Investimentos, Saúde, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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