Clique nas fotos para rever as fusões e aquisições feitas pelas empresas, em especial no Brasil, durante o ano.
Glencore e Xstrata
A mineradora anglo-suíça Xstrata e a empresa do setor de commodities Glencore International anunciaram, em fevereiro, a fusão de suas operações e consequente criação Glencore Xstrata , uma empresa de valor estimado em 90 bilhões de dólares.
Porém, em junho, o Qatar Holding, fundo soberano do Catar e maior acionista da Xstrata, se opôs ao negócio. A proposta melhorada inclui a indicação do atual presidente-executivo da Glencore, Ivan Glasenberg, à frente da nova companhia e umanova estrutura de votação dos acionistas. Em novembro, o Quatar disse ser a favor da fusão, que deve mexer com o mercado de minério do mundo todo.
JBF e suas compras
Em março, a JBS investiu 107 milhões de dólares no aumento de participação na Pilgrim’s Pride, produtora de frangos americana, aumentando sua participação de 68% para 75,3%. No mês seguinte, apresentou uma proposta por ativos do Grupo Independência de 268 milhões de reais e, em maio, fechou um acordo com a Doux Frangosul para arrendar as plantas da companhia francesa de aves no Brasil por 10 anos, com investimentos previstos em 300 milhões de reais a ser feito na recém-adquirida.
J&F: XL Foods e quase a Delta
A J&F, controladora do grupo JBS que pertence à família Batista, ainda fez outras aquisições durante o ano. Além das aquisições citadas no slide anterior, a JBS arrendou cinco frigoríficos, com capacidade de abate de 3.500 cabeças por dia e assumiu os ativos da XL Foods no Canadá, em uma operação que prevê, ainda, a opção de compra destes ativos e dos que a XL Foods possui nos Estados Unidos por 100 milhões de dólares. A J&F ainda estudou a compra da construtora Delta, investigada pelo envolvimento do contraventor Carlinhos Cachoeira, masdesistiu do negócio diante da repercussão negativa.
ALL e Comgás pela Cosan
Em fevereiro, a Cosan adquiriu 5,67% da operadora logística ALL por 896,5 milhões de reais, com o intuito de ampliar sua linha de operação. E não parou por ai. Em maio, a empresa comprou 60,1% da brasileira Comgás do antigo controlador, o grupo britânico BG Group, por 1,8 bilhão de dólares.
Ri Happy pelo Carlyle
Em março, o fundo de private equity americanoCarlyle comprou 85% da varejista brasileira de brinquedos Ri Happy. A informação havia sido antecipada por EXAME. O fundo vai investir 200 milhões de reais nos próximos três anos e abrir 20 lojas até o fim de 2012. Com valor de mercado estimado em 500 milhões de reais, a Ri Happy possui 110 lojas no país e faturamento na ordem de 600 milhões de reais. Em junho do ano passado, o fundo anunciou a captação de 1 bilhão de dólares para investir no Brasil e na América Latina.
Ventura pela BR Properties
Em abril, a BR Properties comprou todo o capital da Ventura Brasil Empreendimentos Imobiliários Ltda. O valor do negócio foi de 746,25 milhões de reais, o suficiente para deixar a compra entre as principais feitas no ano.
OHL pela Abertis
Em abril, a Obrascon Huarte Laín Brasil – OHL Brasil – se tornou sócia da Abertis, por meio de uma reestruturação societária. A operaçãoconsiste na cisão parcial da OHL Concessões, subsidiária da OHL e dona de 100% da empresa de infraestrutura Partícipes no Brasil. A Participes e certos passivos associados a essas entidades serão integrados à Abertis. A OHL, por sua vez, receberá uma participação de 10% no capital da Abertis. Estima-se que os passivos sejam de aproximadamente 530 milhões de euros.
Leader pelo BTG
Na área de varejo, uma das maiores transações foi a da compra da rede de varejo carioca Leader pelo BTG Pactual, em maio. O banco pagou 665 milhões de reais por 40% da holding de vestuário e produtos de cama, mesa e banho. Em setembro, o banco decidiu aumentar sua fatia na varejista para 70%. Com isso, o banco realizou um desembolso pela rede de mais de 1 bilhão de reais.
Aba Porto pela Ecorodovias
A Ecorodovias comprou, por meio de sua subsidiária Ecoporto, 41,29% da Aba Porto, dona de três terminais portuários, por 540,4 milhões de reais, em maio. Com a aquisição, a empresa passa a atuar no segmento de operações portuárias, com atuação no Porto de Santos (SP) no manuseio e armazenagem de cargas de importação e exportação. Em um ano a partir do fechamento do contrato, a Ecorodovias aindapode comprar toda a participação societária dos acionistas originais no Complexo Tecondi, por meio da CFF Participações.
Yoki pela General Mills
A americana General Mills pagou estimados 2 bilhões de reais pela brasileira Yoki, em maio. Conhecida no mercado por sua pipoca de micro-ondas, a Yoki faturou cerca de 1,1 bilhão de reais em 2011. A empresa tem nove fábricas em seis Estados e produz 610 itens diferentes, de salgadinhos a sucos prontos e emprega mais de 5.000 pessoas no país.
Camil pela Cosan
Em maio, a Cosan fechou acordo de associação de sua área de alimentos com a Camil e ficou com 11,72% de participação na empresa. A parceria engloba marcas importantes como União, Camil e Coqueiro e dá à Cosan o direito a uma cadeira no conselho da Camil, que continua sendo gerida por seus atuais controladores.
Ypióca pela Johnnie Walker
Também em maio, a companhia de bebidas britânica Diageo, dona de marcas como Johnnie Walker, Smirnoff e Jose Cuervo, anunciou acompra da marca de cachaça brasileira Ypióca. Embora a companhia não confirme, segundo informações do mercado, a operação foi fechada por cerca de 900 milhões de reais. A Ypióca é a segunda maior marca de cachaça brasileira por valor e a terceira em volume no Brasil, com vendas de 177 milhões de reais acumuladas em 2011.
Azul e Trip
No final de maio, as companhias aéreas Azul eTrip anunciaram a fusão de suas operações. O novo grupo nasce com receita de 4,2 bilhões de reais e 15% do mercado de aviação comercial no país. O negócio entre as duas companhias não envolve desembolso de dinheiro. Os atuais sócios da Azul vão ficar com 66% da nova holding e os 34% restantes ficarão com os acionistas da Trip. A holding Azul Trip nasce com 8.700 funcionários, 96 destinos e 112 aviões, 837 voos diários e 316 diferentes rotas
Rapidão pela FedEx
A FedEx fechou um acordo, em maio, para comprar a companhia brasileira de transporte e logística Rapidão Cometa, que vinha sendo representante autorizado da companhia americana no Brasil há mais de dez anos. O valor do negócio não foi divulgado. A Cometa atende todos os estados do país e tem mais de 17.000 clientes. A FedEx espera que a transação seja concluída no terceiro trimestre deste ano.
Uniasselvi pela Kroton
A Kroton Educacional anunciou, também em maio, a compra da Uniasselvi, grupo de universidades e faculdades de Santa Catarina. A operação foi fechada pelo valor de 510 milhões de reais. A Uniasselvi conta atualmente com aproximadamente 86.200 alunos. Com o negócio, a Kroton passou a ter 417.000 alunos matriculados em cursos de nível superior.
Eike e seus negócios
Entre diversas especulações, que incluíram a possível compra da CNN, SBT, RedeTv! e até uma parte do estádio do Corinthians, os negócios efetivos fechados pelo empresário Eike Batistaforam o da compra de metade do festival Rock in Rio, no começo de maio, por estimados 120 milhões de reais – o desembolso foi feito por meio de sua empresa de entretenimento, IMX. Eike também vendeu, no mesmo mês, uma pequena fatia do grupo EBX, de 0,8%, para a
americana GE por 300 milhões de dólares.
GP vende Fogo de Chão
A GP Investimentos fechou com o fundo de private equity Thomas H Lee Partnersa a venda da holding Fogo de Chão pelo valor de 400 milhões de dólares. O negócio com a Thomas H Lee foi feito pela subsidiária GP Capital Partners III (GPCPIII), fundos de co-investimento e private equity. Trata-se do “quarto desinvestimento do GPCPIII dentro de seis investimentos realizados pelo fundo", informou a GP por comunicado na época.
WestLB Brasil pelo Mizuho
A subsidiária do banco WestLB foi vendida para o grupo japonês Mizuho Corporate Bank em junho por um valor estimado em 380 milhões de dólares. Presente no país desde 11 de janeiro de 1911, a instituição é uma subsidiária direta do WestLB AG. O WestLB precisou ser socorrido por seus proprietários, entre eles o Estado alemão da Renânia no Norte-Westfália, e pelo governo federal da Alemanha, após incorrer em prejuízos em 2008.
Netshoes pela Temasek
Com o investimento de 135 milhões de reais na Netshoes, a Temasek, holding de investimento do governo de Cingapura, tornou-se a principal sócia do site brasileiro de venda de artigos esportivos em junho. O negócio foi confirmado pela assessoria de imprensa da Netshoes. Embora a participação adquirida no portal de e-commerce não tenha sido revelada, sabe-se que a fatia da Temasek foi comprada de cada um dos sócios da empresa, incluindo a
participação do fundo americano Tiger Global, que também investe no Mercado Livre e LinkedIn, e do CEO da companhia, Marcio Kumruiam.
PBKids pela Ri Happy
Com dinheiro no bolso, foi a vez da Ri Happy investir na compra de uma concorrente brasileira e, em junho, a empresa anunciou a compra da também rede de varejo de brinquedos PBKids. O valor da operação não foi divulgado. A nova rede será comandada por Hector Núñez, CEO da Ri Happy, que esteve à frente do Walmart no Brasil e que já ocupou cargos de liderança na Coca-Cola, Sucos Del Valle e Hertz, no Brasil e no exterior.
J. P. Morgan na Dafiti
Em agosto foi a vez da varejista de moda onlineDafiti receber um aporte de 90 milhões de reais em investimentos do JPMorgan Asset Management. Com a operação, o banco terá participação nos negócios da companhia por meio de uma holding. A Dafiti foi lançada em janeiro de 2011 e oferta em seu site cerca de 60.000 produtos, de 550 marcas. Hoje, a companhia emprega mais de 1.000 pessoas. Para o banco de investimento, a fiel e crescente base de clientes da varejista deve ampliar sua liderança no mercado.
Agnelli com o BTG
Conhecido pelo seu poder de negociação mais agressivo, Roger Agnelli deixou a presidência daVale no ano passado em meio a críticas do governo de que a empresa não estaria investindo o suficiente no país. Em julho, ele então se uniu com o banco BTG Pactual do bilionário André Esteves para criar a B&A Mineração. A empresa tinha como missão investir em commodities, como biodiesel para avião e um porto para águas profundas na África. Já em dezembro, fez sua primeira grande aquisição: o controle da Cuprum Resources Corp., empresa de capital fechado que tem ativos de cobre no Chile.
Tok&Sotk pelo Carlyle
Em setembro outra empresa de varejo foi comprada pelo Carlyle. A varejista de móveis e artigos para casaTok&Stok foi comprada pelo grupo por R$ 700 milhões– informação antecipada por EXAME. Pela negociação, Ghislaine Dubrule, uma das fundadoras da rede, permanecerá como presidente-executiva da companhia, compartilhando a fatia restante de 40% com o outro fundador, Régis Dubrule.
Sprint pela SoftBank
Em outubro, a operadora japonesa de telefonia móvel Softbank anunciou a compra de 70% da americana Sprint Nextel por 20,1 bilhões de dólares - 12,1 bilhões de dólares pagos aos acionistas da Sprint e oito bilhões de dólares por meio de emissão de ações. A Sprint Nextel é a terceira maior empresa de telecomunicação móvel nos Estados Unidos.
Amil pela UnitedHealth
A UnitedHealth (UHG), maior empresa de benefícios e serviços de saúde dos Estados Unidos, comprou, em outubro, a AmilParticipações por cerca de 11 bilhões de reais, o equivalente a 58,9% de participação na maior empresa brasileira de saúde. A transação não precisou ser aprovada pelo Cade, uma vez que a companhia americana não possui atualmente, no Brasil, faturamento suficiente para que a operação tenha peso do ponto de vista
concorrencial. A informação da negociação foi antecipada pela coluna Primeiro Ludar, de EXAME.
Osklen pela Alpargatas
A Alpargatas anunciou a compra de 30% da grife Osklen, em outubro, com o pagamento em duas parcelas: 67,5 milhões de reais pagos no fechamento do negócio e o valor calculado do ebitda gerado nos 12 meses seguintes à assinatura do acordo, pagos em 15 meses. O fundador da marca, Oskar Metsavaht, continuará na coordenação de criação e estilo da Osklen.
Bunge Fertilizantes pela Yara
A Bunge Limited anunciou, no dia 7 de dezembro, a venda de seu negócio de fertilizantes no Brasil para a Yara International, incluindo misturadoras, armazéns e marcas, por 750 milhões de dólares. O pagamento será feito à vista. Um acordo de longo prazo para fornecimento de fertilizantes entre as duas empresas também foi fechado. A Bunge manterá e continuará a operar o terminal de fertilizantes no Porto de Santos, no litoral paulista.
Virgin pela Delta Airlines
Nesta semana, a Delta Airlines comprou 49% de participação na Virgin Atlantic Airways da Singapore Airlines. A segunda maior empresa aérea dos EUA em tráfego vai pagar 360 milhões de dólares pela fatia na Virgin, cujo controle permanecerá com o Virgin Group e seu fundador, o empresário britânico Richard Branson. Juntas, as duas companhias formarão uma joint venture que terá cooperação em voos entre Nova York e Londres, além de benefícios recíprocos para os passageiros. O acordo ainda precisa ser aprovado pelos órgãos reguladores.
Fonte: Exame 13/12/2012
18 dezembro 2012
28 maiores fusões e aquisições do mundo dos negócios em 2012
terça-feira, dezembro 18, 2012
Compra de empresa, Desinvestimento, Fusões, Joint venture, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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