06 junho 2016

Hermes Pardini reforça atuação em São Paulo

Um dos maiores laboratórios de exame do país, o Hermes Pardini vai mudar sua atuação em São Paulo. A partir de agosto, o nome do grupo, baseado em Minas Gerais, passará a ser usado nas unidades da rede Digimagem, empresa adquirida pelo Pardini em 2012. São cinco laboratórios Digimagem na cidade.

A mudança não será só da logomarca, disse Roberto Santoro, diretor-presidente do Hermes Pardini. Segundo ele, as unidades vêm passando por alterações em processos, atendimento e na ampliação de exames oferecidos. O forte do Digimagem - nome que deixará de existir - eram exames de imagem.

Expor sua marca no mercado paulista é um passo que o Pardini espera associar com outro ainda este ano: uma nova aquisição. "Estamos olhando uma aquisição relevante no Sudeste, que está numa boa evolução. É a que está mais próxima de acontecer", disse Santoro.

Não é a primeira vez que a empresa afirma que está avaliando uma possível compra. Mas depois da primeira rodada de negócios que o Pardini fez entre 2012 e 2013, tudo ficou nas intenções.

Crescer por meio de aquisições foi a fórmula que passou a ser seguida depois que, em 2011, o Gávea Investimentos comprou 30% do capital do laboratório mineiro.

O que interessa mais à empresa são laboratórios em regiões metropolitanas nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, diz Santoro. Ele não quis revelar cidade ou Estado no Sudeste onde o Pardini estaria perto de fechar negócio.

No ano passado, a companhia registrou faturamento de R$ 831 milhões, superior aos R$ 750 milhões de 2014, mas inferior ao R$ 1 bilhão inicialmente planejado. Essa marca não foi alcançada porque aquisições que a direção esperava não saíram do papel.

A expectativa é que agora esse quadro mude. "Este ano, vamos tentar alcançar o faturamento de R$ 1 bilhão, incluindo uma provável aquisição", disse Santoro. "Acreditamos que haja ainda grandes oportunidades de expansão nessa área de diagnóstico, principalmente por aquisições."

A estratégia também prevê crescimento orgânico, como no plano desenhado para São Paulo. "Vamos abrir mais unidades, unidades voltadas também para laboratório, além da imagem, seguindo o nosso modelo maduro que temos em Belo Horizonte", disse o executivo. Até agora, as lojas com o nome do Hermes Pardini funcionam apenas na capital mineira e cidades de seu entorno.

Belo Horizonte é o principal mercado da empresa, com uma participação de cerca de 70% no segmento de exames para clientes finais. O segundo maior mercado é o de Goiânia, onde a fatia da companhia, por meio de marca local, chega a 50%.

Por ora, a empresa não pretende repetir em outras cidades o movimento que fez em São Paulo, de usar sua marca principal. Os laboratórios Padrão, de Goiania, adquiridos em 2013, continuam com esse nome. No Rio, com a Progenética, nada muda também. Outro laboratório na capital paulista, o Diagnóstika, fica, igualmente, com o mesmo nome.

O Pardini se apresenta como a terceira maior empresa de medicina diagnóstica do país. Fundado a 57 anos, cresceu e se estabeleceu nacionalmente no segmento "business to business", ou seja, realizando exames clínicos para uma variedade de laboratórios de pequeno e médio portes espalhados pelo país. São mais de 5 mil laboratórios clientes. Esse segmento é ainda o carro-chefe da empresa.

O Hermes Pardini disputa mercado com a Dasa, dona de redes como Delboni Auriemo, e com o Fleury - com este esteve envolvido em uma negociação que acabou ficando apenas nas intenções. A operação foi discutida durante meses em 2014 pelo Gávea Investimentos. O plano era adquirir o Fleury, fechar seu capital e fundi-lo com o Hermes Pardini. Mas a família mineira teria achado que a avaliação de sua empresa, em cerca de R$ 2 bilhões, estava subestimada e as conversas foram dadas por encerradas no fim de 2014.  Autor: Marcos de Moura e Souza Fonte: Valor Econômico Leia mais em tudofarma 06/06/2016

06 junho 2016



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