06 janeiro 2016

2015 teve 1.047 concessionárias fechadas e 32.000 demitidos

Carros: previsão da Fenabrave é de que o número de lojas inoperantes suba para 1.500 em 2016

O ano de 2015 terminou com 1.047 concessionárias de veículos e peças fechadas no Brasil, o que provocou a perda de 32.000 empregos.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Os números são consequência direta do desaquecimento do mercado automóveis no país. Durante todo o ano, 2,12 de carros foram comercializados por aqui, uma queda de 24,06% ante 2014.

Quando considerado todo o setor de distribuição de veículos (que abrange também comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários) as vendas chegaram a 3,98 milhões de veículos, quantidade 21,85% menor do que a alcançada no ano anterior.

Para 2016, segundo estimativas da instituição, o cenário será novamente de retração (com queda de 4,57% nas vendas no segmento de automóveis e de 5,20% no setor em geral) e ainda mais lojas com atividades encerradas.

"Lamentavelmente, a persistir o que temos vivido nesses últimos meses, política e economicamente, nós acreditamos que podemos chegar a de 1.500 a 1.600 concessionárias não operantes neste ano", disse Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, em conversa com jornalistas.

De acordo com ele, com os novos fechamentos, o número de trabalhadores demitidos no setor deve subir para algo entre 47.000 e 50.000 até dezembro.

Na visão do executivo, o fato de as montadoras estarem comercializando veículos diretamente ao consumidor, sem intermédio das concessionárias, não tem influência no fechamento das lojas.

"Isso aí é questão política e econômica. É mercado. Não tem PIB, a economia está estagnada, negativa. A questão é unicamente essa. A venda direta é um outro patamar, outro ciclo, outra modalidade, não tem relação", afirmou.

Hoje, funcionam no país aproximadamente 7.700 concessionárias – 420 delas foram abertas em 2015. Do total, cerca de 4.500 vendem automóveis e comerciais leves. Luísa Melo Luísa Melo, Leia mais em  EXAME 06/01/2015

06 janeiro 2016



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