17 janeiro 2016

Petrobras vai colocar a Transpetro à venda em busca de alívio no caixa

A estratégia é negociar ativos que não estejam relacionados ao valor do barril, como a infraestrutura logística da Transpetro

Com a piora das cotações internacionais do petróleo e o consequente agravamento de sua situação financeira, a Petrobras dobrou a aposta na venda de ativos como alternativa para aliviar o caixa. A estratégia é negociar ativos que não estejam relacionados ao valor do barril, como a infraestrutura logística da Transpetro, subsidiária responsável pela frota de navios, terminais e oleodutos. “O valor de US$ 14,4 bilhões em desinvestimento é o nosso piso, e não a meta”, resumiu ontem o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro.

Além disso, a estatal negou a intenção de recorrer ao Tesouro para engordar o caixa e previu novas demissões. “O que fazemos desde o início dessa gestão é afastar a hipótese de recorrer ou ser assistido pelo Tesouro. Se não tivéssemos tomados as decisões que tomamos, já teríamos batido na porta do Tesouro há muito tempo”, ressaltou o executivo em entrevista coletiva na tarde de ontem. Mas o diretor da estatal considerou qualquer operação junto ao governo como “a última alternativa”.

A negativa ocorreu após sinalização da presidente Dilma Rousseff de um possível socorro à empresa. Negociações envolvendo a Transpetro, citadas hoje pela primeira vez, ainda estão em fase inicial. A Transpetro administra uma frota de 54 navios, além de 49 terminais, estações de bombeamento e malha de oleodutos.

Além da subsidiária, Monteiro estimou entre 20 e 30 os ativos na relação de venda, em diferentes estágios de negociação. Segundo ele, a empresa ainda não recebeu ofertas por participação na BR Distribuidora, mas tem recebido manifestações de interesse de investidores nas fábricas de produtos nitrogenados, destinados à produção de fertilizantes para a agricultura.

O executivo também acenou com novos cortes de gastos operacionais, que passará pela devolução de imóveis alugados e demissão de funcionários terceirizados. “Fizemos um corte muito grande de terceirizado. Na minha visão, a companhia se comportou bem e devemos fazer uma segunda onda de demissões”, frisou Monteiro. Leia mais em correio24horas 16/01/2016

17 janeiro 2016



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