14 junho 2013

Fundos suspendem processo de venda da Barra Energia

Os fundos First Reserve e Riverstone, que controlam a Barra Energia, suspenderam o processo de venda da companhia, que começou em outubro, informou uma fonte ao Valor Pro, serviço de tempo real do Valor. Os controladores receberam algumas ofertas, a mais alta da China National Petroleum Corporation (CNPC), mas a venda não se confirmou devido a "complexidades do contrato e condicionantes complicadas", disse a fonte. A Barra é uma empresa de óleo e gás de capital fechado, não operadora, que tem participação de 30% no bloco BS-4 da Bacia de Santos onde foram descobertos os campos Atlanta e Oliva e 10% no BM-S-8, onde foi descoberto o reservatório gigante de Carcará, esse no pré-sal de Santos e reservado ao regime de partilha de produção.

 Os dois principais executivos da Barra Energia no Brasil confirmaram a suspensão do processo de venda da companhia, sem comentar as razões e nem os nomes dos potenciais compradores. Renato Bertani, diretor executivo da Barra, explicou que no curto prazo a companhia poderá incorporar resultados "muito positivos" nas áreas onde tem participação. "Vamos esperar e tornar real esse potencial de valorização, já que vão trazer muito valor para o nosso portfolio no curto prazo."

 O executivo explicou que a companhia tem US$ 700 milhões reservados para investimentos e "nenhuma pressão no caixa", o que permite, por exemplo, começar a estudar a participação no leilão de Libra, o primeiro reservatório no pré-sal a ser oferecido no regime de partilha de produção, em outubro. "Temos uma margem tranquila para continuar crescendo", disse. "Estamos trabalhando para avaliar essa rodada do pré-sal".

 Para os próximos dois anos estão previstas as perfurações de dois poços produtores no campo de Atlanta, no bloco BS-4 da Bacia de Santos, que é operado pela Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) e tem como sócio a OGX (40%). A estimativa é que Atlanta tenha 2,1 bilhões de barris "in place", mas os sócios não divulgam qual o fator de recuperação na área, já que no máximo podem ser extraídos, dependendo das condições do reservatório, 30% do petróleo depositado na rocha.

 Também está previsto o segundo poço de extensão, para avaliação da descoberta, em Carcará, operado pela Petrobras e que começará a ser perfurado em outubro.

 João Carlos de Luca, diretor presidente da Barra, destaca que existe uma melhora significativa no setor de óleo e gás que começou com a decisão do governo, em 2012, de fazer três leilões de áreas este ano. A avaliação do executivo é que a 11ª Rodada foi um sucesso, com a presença das maiores empresas do mundo, e que as perspectivas são "excelentes". Os custos da Barra relativos a perfuração dos três poços estão garantidos com os US$ 700 milhões que ela tem no caixa. Por Cláudia Schüffner | Do Rio Valor Econômico -
Fonte: clippingmp14/06/2013

14 junho 2013



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