03 junho 2013

Confrapar anuncia fundo de R$ 200 milhões para TI

A gestora mineira Confrapar, especializada na compra de participações em empresas de tecnologia da informação, prevê lançar até julho um novo fundo de capital de risco, voltado à compra de participações em empresas de TI de médio porte. Batizado de AvanTI, o fundo terá R$ 200 milhões em recursos para aplicar em empresas com receita anual entre R$ 30 milhões e R$ 60 milhões.

 Felipe Godoi, diretor de investimentos da Confrapar, disse que o fundo será lançado com um capital de R$ 100 milhões, valor que será ampliado futuramente para R$ 200 milhões. "No momento falta a assinatura de dois investidores para colocar o fundo no ar", afirmou. De acordo com o executivo, a captação de recursos chegou a cerca de R$ 90 milhões até o momento.

 Em outubro do ano passado, a Truffle Capital, da França, adquiriu uma participação minoritária na Confrapar, por uma quantia não revelada. Os recursos obtidos serão usados para investimentos no grupo mineiro. À época do anúncio do acordo, as companhias já haviam divulgado os planos para a criação do fundo AvanTI.

 De acordo com Godoi, a meta do fundo é adquirir participações em 8 a 12 empresas de TI, com aportes entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões. "O número de empresas vai depender da quantidade final de capital que obtivermos", afirmou. O objetivo dos investimentos será promover o crescimento acelerado das empresas, para que alcancem uma receita superior a R$ 200 milhões por ano. O executivo disse que as empresas que já receberam investimentos dos outros fundos da Confrapar (HorizonTI e NascenTI) não receberão aportes do novo fundo.

A Confrapar possui R$ 75 milhões em ativos, sendo R$ 50 milhões no NascenTI e R$ 25 milhões no HorizonTI. A Confrapar também informou ter concluído os investimentos com recursos do fundo HorizonTI, que tem 33 investidores entre pessoas jurídicas e físicas, incluindo o BDMG, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

 A carteira é composta por seis empresas: a fabricante de jogos eletrônicos Illusis; a desenvolvedora de software Starline; a empresa de serviços de gestão em saúde ePrimeCare; a NetCom, que produz software de gestão de consultas para consultórios médicos; o Canal do Crédito, comparador de serviços financeiros; e a CromoUp, empresa de entretenimento virtual.

 O fundo HorizonTI foi fundado em 2009 e tem prazo de investimento de sete anos. Segundo Godoi, a Confrapar começa agora a negociar o desinvestimento nessas empresas. As propostas em avaliação são de empresas clientes das companhias de TI investidas e de companhias de tecnologia com negócios correlatos aos das empresas do portfólio. "Não necessariamente vamos vender a participação para outro fundo de investimentos", afirmou.

 A expectativa de Godoi é começar a realizar a saída dessas empresas no segundo trimestre de 2014. 

Em relação ao fundo NascenTI, Godoi disse que o fundo já realizou aportes em duas empresas, a Oktagon, desenvolvedora de jogos; e a Fisgo.com, dona de um buscador on-line de ofertas de imóveis e veículos.  Por Cibelle Bouças | Valor Econômico
Fonte: clippingmp 03/06/2013

03 junho 2013



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