02 outubro 2012

Segmento de farmácia tende a se consolidar, diz IMS Health

O segmento farmacêutico deverá se unir para aumentar a venda em escala no varejo a preços menores, diz IMS Health

A recente aquisição do grupo Papaiz Diagnósticos por Imagem, pela Odontoprev (ODPV3) e pela Fleury (FLRY3), anunciada na última sexta-feira (29), e a fusão entre Droga Raia e Drogasil, com a criação da Raia Drogasil (RADL3), são apenas uma amostra do caminho de consolidação que o setor de saúde deve seguir.

 Em encontro sobre o setor realizado nesta terça-feira (2) na sede da BM&FBovespa, o vice-presidente comercial do IMS Health para as Américas, Sydney Clark, acredita que a concentração do setor, especialmente no segmento farmacêutico, é um caminho natural.

 Depois da criação da Raia Drogasil, a empresa passou a deter 78% do mercado farmacêutico do Brasil, com uma rede de mais de 700 drogarias e receita bruta de R$ 4,1 bilhões.

Conforme dados da IMS Health, porém, ainda há cerca de 65 mil farmácias e a tendência é que, para o varejo do setor para aumentar venda em escala a preços menores, a união do segmento seja a opção escolhida, caminho que já é seguido em economias desenvolvidas, conforme diz Clark.

"O segmento ainda é bastante pulverizado no Brasil e há bastante terreno fértil para que isso aconteça. A tendência, cada vez mais, é que aquela farmácia pequena, independente, tende a desaparecer", disse Clark.

Compra da Papaiz 
A Fleury e a Odontoprev compraram a Papaiz por R$ 18,4 milhões e disseram que a operação é relevante por buscar elevar os procedimentos de melhoria de qualidade de serviços e agregar valor ao negócio. A Papaiz é especializada em radiologia odontológica, com serviços como tomografia, radiografias e documentação ortodôntica, e tem oito unidades na região metropolitana de São Paulo.

Isso se encaixa bem com os negócios tanto da Fleury quanto da Odontoprev, a primeira especializada em medicina diagnóstica e a segunda operadora de diversas empresas e marcas de produtos de assistência odontológica. Embora o foco inicial das empresas seja concentrar-se no negócio adquirido, elas pode avaliar parcerias futuras para novas compras. Por Tatiana Fernandes Gurjão
Fonte:infomoney 02/10/2012

02 outubro 2012



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