Estatal paranaense Copel é um dos interessados nos ativos eólicos postos à venda pela Rio Energy.
A Rio Energy, empresa de renováveis do grupo norte-americano de private equity Denham Capital, está negociando a venda de ativos de geração eólica que detém no Brasil, afirmaram três fontes ligadas ao tema.
Mas isso não quer dizer que a empresa sairá do mercado de energia no maior país da América Latina, já que ao mesmo tempo executivos da empresa têm estudado a compra de usinas solares, ainda segundo com duas das fontes que falaram sobre as conversas privadas.
A estatal paranaense Copel, que de acordo com uma fonte tem analisado a oportunidade internamente, é dos interessados nos ativos eólicos da Rio Energy, que incluem usinas operacionais na Bahia e projetos ainda no papel.
A companhia que acumula investimentos de 2,9 bilhões de reais desde sua criação, já havia buscado compradores para suas usinas eólicas operacionais antes, e agora as negociações foram retomadas, disse a primeira fonte.
“Essa conversa já tem um tempo. Mas não tinha aparecido comprador. Agora voltou, no início de outubro”, afirmou a fonte.
Segundo uma outra fonte, todos ativos da Rio Energy foram colocados à vendo e a Copel é uma das empresas interessadas, já que a estatal do Paraná tenta garantir um fluxo de caixa considerando a proximidade do vencimento da concessão de sua principal hidrelétrica, Foz do Areia.
“Tem todo o portfólio da Rio Energy (está no mercado), inclusive projetos brownfield e greenfield”, acrescentou.
A Rio Energy possui parques de geração eólica com contratos de venda de energia de longo prazo fechados que totalizam 822 megawatts em capacidade, bem como uma carteira total com cerca de 2,6 gigawatts em capacidade, de acordo com a companhia.
Apesar do interesse em vender usinas eólicas, equipes da Rio Energy também têm conversas em andamento para a compra de ativos solares no Brasil, disseram duas das fontes.
“Eles estão no meio da uma operação, comprando solar”, disse uma fonte, acrescentou que a transação é avaliada entre 200 milhões e 300 milhões de reais.
Vários os grupos do setor de energia, incluindo uma joint venture entre a Votorantim Energia e a canadense CPPIB e a chinesa CGN Energy estão apostando em investimentos na fonte solar no Brasil, que cresce de forma acelerada.
A Rio Energy e a Copel não retornaram a pedidos para falar sobre o tema. Leia mais em capitalist 06/11/2020
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