11 novembro 2020

Pátria sai à caça de investidores de varejo no Brasil

O Pátria Investimentos, uma das maiores empresas de gestão de investimentos alternativos com foco na América Latina, está à caça dos investidores de varejo no Brasil pela primeira vez desde sua fundação, há mais de 30 anos.

O Pátria, que tem R$ 72,6 bilhões sob gestão e até agora captava fundos junto a grandes investidores institucionais, muitos deles estrangeiros, está lançando fundos imobiliários negociados em bolsa para pessoas físicas, tentando abocanhar parte dos enormes ingressos de recursos deste ano de brasileiros em busca de rendimento.

“Os mercados locais do Brasil, os investidores locais, estão se tornando cada vez mais importantes para o Pátria, e serão um elemento estratégico de nosso crescimento nos próximos anos”, disse o sócio fundador Antonio Wever em entrevista, acrescentando que o estrangeiro está retraido por causa da volatilidade no câmbio.

Com os juros básicos em recorde de baixa, os investidores de varejo que tentam encontrar melhores retornos estão impulsionando o crescimento dos fundos que compram imóveis ou títulos lastreados em créditos imobiliários, embora muitos desses fundos apresentem perdas por causa da pandemia da Covid-19.

Os ativos totais dos fundos imobiliários saltaram 24% de dezembro a setembro, para R$ 108 bilhões, de acordo com a B3. O número de fundos cresceu 6%, para 493 no mesmo período, enquanto o número de investidores cresceu 65%, para 1,1 milhão, dos quais 99% são pessoas físicas. A Selic foi reduzida para 2%, de até 14,25% quatro anos atrás.

“Nos últimos dois anos, vimos um aumento muito significativo nos mercados locais, então começamos a lançar uma família de produtos dedicada ao investidor local”, disse Wever. O Pátria desenvolveu um site mais amigável ao investidor pessoa física e está utilizando plataformas de distribuição como as oferecidas pela XP Inc. e Safra para alcançá-lo.

O Pátria completou uma oferta pública inicial em 2018 de seu primeiro fundo imobiliário local negociado em bolsa, que compra escritórios, e depois fez uma oferta subsequente em 2019. Este ano, fez uma oferta pública inicial de um fundo que compra galpões logísticos, captando R$ 500 milhões. Agora, planeja expandir os dois fundos e iniciar um novo para investir em títulos lastreados em créditos imobiliários, os CRIs... Por Bloomberg  Leia mais em moneytimes 11/11/2020



11 novembro 2020



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