Benjamin Steinbruch, presidente do conselho de administração da CSN, acredita que o Brasil vive um momento de oportunidades parecido com o que ele presenciou nos anos 1990.
"Precisamos estar preparados. Essa rodada de oportunidades vai mudar o perfil dos grandes grupos empresariais brasileiros."
Sobre seus esforços para a preservar a CSN durante a crise econômica, ele considera que o pior já passou e agora é hora de "colher os frutos."
Steinbruch enfatizou várias vezes a investidores em Nova York que o país vive um momento único. "Vamos ter uma segunda rodada, não só de privatizações de empresas, mas também de blocos de ações que eles [o governo] vão oferecer no mercado," falou em comparação ao período que ele presenciou no passado e o tornou controlador da CSN.
Ele vê boas oportunidades em petróleo, gás, energia, portos, ferrovias e outras infraestruturas. Ele não comentou se a CSN pretende comprar algumas dessas empresas ou ativos.
Comentando a situação da CSN, Steinbruch reconheceu que o período entre 2015 e 2017 foi de "anos massacrantes" para a indústria. Ele conta que se viu forçado a gastar mais do seu capital de giro para manter a produção cheia e não demitir demais - e para também manter seus clientes ativos. "Foi um quadro muito sacrificado para aqueles que empreendem, que acreditam, que investem. Foi favorável aos rentistas. Aqueles que se acovardaram, se retiraram, que demitiram, foram beneficiados, enquanto os que investiram não foram premiados."
O executivo disse que 2018 já foi um pouco melhor e que a expectativa para 2019 é muito grande. "Reduzimos custos, reduzimos pessoas, renegociamos contratos, nos tornamos esqueléticos na forma da estrutura organizacional da empresa, por necessidade, e nos preparamos para a guerra," disse. "Agora é hora de colher os frutos." Steinbruch disse que a tragédia de Brumadinho, no início do ano, empurrou o preço do minério de US$ 65 para US$ 95.
Sobre o novo governo, Steinbruch disse que a expectativa que era totalmente positiva está ficando um pouco negativa por causa da demora em implementar ações. Contudo, ele afirma que "se eu fosse eleito presidente do Brasil provavelmente faria a mesma coisa que o Bolsonaro está fazendo", avisando que não tem pretensões políticas.
"Talvez estejamos no momento mais complicado que eu já vi do Brasil", continuou. "Estamos num momento de decisão, se vamos virar sardinha ou tubarão. Há uma convergência entre as necessidades e prioridades do Brasil, podemos sair deste momento muito fortalecidos ou enfraquecidos. Não tem mais ou menos."... Leia mais em valoreconomico 11/04/2019
11 abril 2019
Para Steinbruch, oportunidades de hoje são como as dos anos 1990
quinta-feira, abril 11, 2019
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Ruy Moura
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