Queda acentuada do número de fusões e aquisições de empresas de Tecnologia da Informação – TI e Telecom em outubro/16. Foram realizadas 13 transações no mês, representando uma queda de 55,2% em relação ao mês anterior. No acumulado dos primeiros dez meses de 2016, foram apuradas 193 operações indicando uma queda de 10,2%. O montante dos investimentos no mês totalizou R$ 65,5 milhões, refletindo uma redução de 94,6% em relação ao mês anterior, e uma queda de 4,8% no acumulado do ano.
O período móvel findo em out/16, interrompe o ciclo crescimento iniciado no começo do ano.
Os segmentos de SOFTWARES e MÍDIA concentram o maior número de operações no mês.
Quanto ao racional do investimento as operações direcionadas à Escala predominaram.
Transações envolvendo empresas de pequeno porte foram em maior volume.
Em outubro, os investidores estratégicos e os de capital nacional foram mais ativos em volume.
No acumulado dos primeiros dez meses de 2016, o Investidor Estratégico foi o mais ativo com 120 operações. Os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 79,6% dos investimentos no acumulado do ano e por 32,6% do volume de operações. Os EUA foram responsáveis por 38,1% dos negócios.
A maior transação neste mês foi a Maplink adquirindo a francesa Optilogistic em expansão a exterior
Destaque: Mercado de TI volta a crescer. A crise foi "bondosa" com o mercado de TI de 2012 a 2014. O segundo trimestre/16 apresentou o pior resultado financeiro desde 1999. Felizmente vemos recuperação no terceiro trimestre com crescimento de 4.6%.
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês e Relação das Transações.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
No mês de outubro/16 foram realizadas 13 transações, representando uma queda de 40,9% em relação ao mesmo mês do ano passado (22 operações) e uma redução de 55,2% em relação ao mês imediatamente anterior (29 transações). No acumulado dos primeiros dez meses de 2016, com 193 transações, verificou-se uma queda de 10,2% comparativamente ao mesmo período de 2015.
No fluxo de transações realizadas, os altos e baixos continuam.
O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em out/16, interrompe o ciclo crescimento iniciado no começo do ano.
Os segmentos de maior volume de operações em outubro/16, foram os de SOFTWARES e MÍDIA com 84,6% do total
Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de outubro, o subsegmento Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. (Verticais App) de SOFTWARE foi o mais ativo. No acumulado deste ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações.
O montante de transações nos primeiros dez meses do 2016, alcançou R$ 11,0 bilhões, representando uma queda de 4,8% sobre igual período do ano anterior. No mês de outubro, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (20,6%) e as não divulgadas (estimados) 79,4%, alcançou R$ 65,5 milhões, representando uma redução de 94,6% em relação ao mês anterior.
Comparando-se o número de transações dos primeiros dez meses por segmentos, compiladas nos últimos três anos, verifica-se que somente SOFTWARE e SERVIÇOS DE TI acusaram crescimento neste ano.
RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No acumulado de 2016, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;
PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno porte no presente mês.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões
• Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
• Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
• Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
• Grande empresa > R$ 300 milhões
PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor das 13 operações destacadas, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 11 negócios em out/16. Desse volume, 10 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 1 de capital estrangeiro. Os investidores Financeiros realizaram 2 negócios, sendo os 2 de capital nacional.
No acumulado do ano, o Investidor Estratégico se destaca com maior número de operações - 120. Entre eles sobressai o Investidor Nacional com 79.
Já no que tange ao total dos investimentos, os Investidores Estratégicos representaram 76,5%.
Por sua vez, os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 79,6% dos investimentos e com 63 operações responderam por 32,6% do volume de operações.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
VALOR MÉDIO
O valor médio das transações no acumulado do ano de 2016, por Segmento de TI, foi de R$57,0 milhões, representando um crescimento de 17,4% em relação ao mesmo período de 2015.
NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de outubro/16, foi registrado 1 operação. No acumulado do ano, foram 63 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 38,1% dos negócios.
MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA NO MÊS
A maior transação neste mês provavelmente foi a Maplink adquirindo a francesa Optilogistic em expansão a exterior. Os valores da transacão não foram divulgados 17/10/2016
DESTAQUE DO MERCADO:
Mercado de TI volta a crescer. A crise foi "bondosa" com o mercado de TI de 2012 a 2014, onde registrou-se taxas de crescimento de 4 a 6%, ou seja, muito acima da economia (PIB). O primeiro trimestre de 2016 apresentou bons resultados, com crescimento de 9.7% comparado com o mesmo período do ano anterior, em parte tivemos negociações que "escorregaram" de Dezembro para Janeiro e Fevereiro. O segundo trimestre apresentou o pior resultado financeiro desde 1999, com apenas 2.7% de crescimento. Felizmente vemos recuperação no terceiro trimestre com crescimento de 4.6%. Analisando os resultados acumulados de Jan a Out, e comparando 2015 a 2016, a média do crescimento das empresas de TI foi de 5.7%, contudo, tivemos empresas indo muito mal, 17% das empresas com retração maior de 30%, e empresas indo muito bem, 9% das empresas com crescimento acima de 30%. O mesmo efeito, de maneira mais branda, aconteceu em 2015. Portanto, a crise está definitivamente mudando o dinheiro de um lado para o outro. As empresas que estão sofrendo mais são as que estão com a tecnologia e o modelo de negócios antigos, ou seja, revendas de infra-estrutura, distribuidores sem valor agregado e integradores de tecnologia tradicional.28/10/2016
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em setembro/2016
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
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