30 março 2016

Light tem três interessados na Renova

A Light está negociando com três interessados em assumir a fatia de 15,9% que a companhia possui na Renova Energia, geradora de energia renovável (eólica e solar). Segundo a presidente da elétrica, Ana Marta Veloso, já existem pré-acordos assinados com as três proponentes.

"O que tem na mesa hoje é a nossa venda da Renova. A operação com a SunEdison não foi bem sucedida e a gente está com o ativo à venda", disse ontem a executiva, em sua primeira teleconferência de resultados com analistas e investidores, após assumir o cargo em dezembro. Ela, no entanto, não descartou a possibilidade de vir a negociar os demais ativos de geração da empresa, como a participação na hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Segundo Ana Marta, a empresa também está em negociações preliminares com bancos para estruturar nova operação financeira, ainda sem prazo definido.

Com relação à distribuição de energia, principal negócio da Light, a empresa está reestruturando o seu programa de combate a perdas de energia. O objetivo, segundo Ana Marta, é readequá-lo ao novo cenário do setor, caracterizado pelo aumento da inadimplência e queda da renda das famílias, à reboque da crise econômica.

Na nova versão do programa, a empresa vai ampliar ações de investigação e fiscalização de furto e fraude de energia, em detrimento à adoção de novas tecnologias. A expectativa é instalar apenas 70 mil medidores eletrônicos em 2016. A ideia também é estender as ações, antes concentradas em áreas de baixa renda, para a região central e a Zona Sul da capital fluminense. Apesar de terem índice de perdas mais baixo, essas áreas têm maior potencial de recuperação de receitas e incorporação de receitas futuras.

Com relação ao pedido de revisão tarifária extraordinária feito à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a executiva disse que a empresa possui fortes argumentos para obter o aval da autarquia. Caso a agência aprove a medida, porém, Ana Marta explicou que não será um processo rápido, pois terá que ser revisitada a base de ativos da empresa.

Questionada por analistas sobre a projeção do mercado da Light para este ano, a executiva afirmou que a companhia prevê uma queda da ordem de 3% da demanda no primeiro trimestre de 2016, ante igual período de 2015. Para todo o ano de 2016, a empresa estima um mercado um pouco abaixo que o observado no ano passado.   - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 30/03/2016 

30 março 2016



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