17 maio 2014

Redução de custos e eficiência operacional é prioridade na agenda das empresas, aponta EY

Brasil se mantém entre os dez principais destinos de investimento internacional

De outubro de 2013 a abril de 2014, a confiança dos executivos brasileiros na economia local aumentou de 42% para 51%. Apesar de o foco continuar sendo redução de custos e obtenção de eficiência na operação, mais da metade dos executivos (53%) também acredita que o volume de transações corporativas no Brasil deva crescer nos próximos 12 meses. Essas são algumas conclusões do 10º Global Capital Confidence Barometer, pesquisa realizada semestralmente pela EY (anteriormente Ernst & Young) com 1.600 executivos de 54 países, incluindo o Brasil. O objetivo desse levantamento é indicar o nível de confiança das empresas quanto ao cenário econômico e identificar as principais tendências em relação à gestão de capital e transações corporativas.

O estudo Global Capital Confidence Barometer também aponta que, as empresas têm aumentado o apetite para grandes transações e isso se reflete no Brasil, que continua sendo um dos dez melhores destinos de investimentos internacionais. A intenção das empresas em fazerem grandes fusões e aquisições (acima de US$500 milhões) dobrou nos últimos 12 meses – de 12% para 27%. “Há sinais claros de que os planos para transações estão mudando rapidamente, com uma recuperação da economia global, aumento da captação de empréstimos, e perspectivas econômicas mais otimistas por parte dos executivos.” – explica Fabio Pires, sócio de Transações Corporativa da EY.

Por outro lado, no Brasil, redução de custos e a busca pela eficiência operacional é prioridade para 43% dos respondentes. “Após anos seguidos de investimentos para acompanhar um crescimento acelerado da economia, as empresas definitivamente continuam buscando melhorar eficiência e não demonstram interesse em estratégias de risco. No entanto, os executivos demonstram arrojo com relação à otimização da estrutura de capital. Nunca vimos tanto apetite para venda de ativos e desinvestimentos de operações. Depois da redução do custo, desinvestimento parcial ou completo é o segundo foco dos executivos de acordo com nosso estudo” – comenta Pires.

A retomada do interesse por aquisições por parte do mercado global, com 31% dos executivos respondendo que irão fazer aquisições nos próximos 12 meses, combinada à intenção de desinvestimento das empresas brasileiras cria um cenário favorável para o aumento do volume de fusões e aquisições nos próximos meses no Brasil. Como consequência, nunca foi tão pequena a diferença entre os valores que as empresas estão dispostas a pagar e os preços pelos quais se pretendem vender os ativos. Vinte e sete por cento dos entrevistados no Brasil acreditam que o desequilíbrio entre valores de compra e venda está menor do que 10%, o menor gap em dois anos.

De forma geral, as bases para fazer negócios estão muito favoráveis. Historicamente, esse equilíbrio de valuation, somado à disponibilidade de crédito, traria uma onda de fusões e aquisições pelo globo. No entanto, a instabilidade geopolítica, a recuperação ainda frágil da economia global, assim como mudanças estruturais em tecnologia e mercado trabalho sugerem que as empresas sejam mais comedidas.

“É plausível que o aumento de transações no Brasil não ocorra em 2014, pois o tempo necessário para negociação e conclusão não é curto. No Brasil, as eleições e a Copa do Mundo devem contribuir ainda mais para que o mercado de transações se mantenha morno este ano. Todavia, o empresário brasileiro está ajustando a operação e deve estar bem posicionado para uma possível retomada de fusões e aquisições após as eleições e em 2015”, conclui Pires.

Ainda de acordo com o estudo, no mundo todo, os setores com os mais atraentes aos investimentos em transações são: Mineração e Metais, Petróleo e Gás, Energia, Varejo, Tecnologia e Telecomunicações.

Sobre a EY
EY é líder global em serviços de Auditoria, Impostos, Transações Corporativas e Consultoria, comprometida em fazer sua parte para construir um mundo de negócios melhor. Os insights e os serviços de qualidade prestados ajudam a criar confiança nos mercados de capital e nas economias do mundo. A empresa desenvolve líderes que inspiram suas equipes a entregar excelência a todos seus stakeholders. Dessa forma, a companhia desempenha um papel fundamental na construção de um mundo de negócios melhor para seus profissionais, clientes e comunidades. A EY refere-se a uma ou mais empresas-membro da Ernst & Young Global Limited (EYG), organização privada constituída no Reino Unido, limitada por garantia e que não presta serviços a clientes.  AMANDA TROLEZI | leia mais em segs 15/05/2014

17 maio 2014



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