As grandes multinacionais farmacêuticas estão perdendo oportunidade de investir em países emergentes, sobretudo no Brasil, segundo relatório divulgado pela consultoria McKinsey. As cinco maiores companhias globais desse setor têm menos de 20% de suas vendas nesses mercados.
No relatório da consultoria, o Brasil, segundo maior entre os emergentes, tem um forte potencial de mercado para a classe média, que representa cerca de 120 milhões de pessoas. Em 2010, a venda para classe média brasileira representou US$ 8 bilhões, sobretudo para medicamentos com patentes vencidas.
Embora haja um reconhecimento do aumento de renda da classe média brasileira, os executivos dessas mesmas empresas acreditam que o consumidor do Brasil está mais interessado em gastar seu dinheiro em outros setores, como eletroeletrônicos, cosméticos e viagens do que em cuidados de saúde. Em entrevista à consultoria, esses executivos mostraram acreditar que a classe média prefere contar com serviços públicos de saúde e ter acesso a medicamentos genéricos.
Com base nesse raciocínio, as farmacêuticas mundiais concluíram que devem focar em consumidores ricos. Para atingir a classe média, teriam de apostar em genéricos ou medicamentos de marca. Essa estratégia, segunda a McKinsey, tem sido adotada por pelo menos cinco das dez maiores farmacêuticas.
A consultoria diz que a estratégia desses grupos tem de ser revista. Entre os fatores de estímulo, a McKinsey considera que o acesso da classe média aos planos privados de saúde tem crescido.
ValorEconômico04/04/2012
04 abril 2012
McKinsey aponta potencial de investimento no Brasil
quarta-feira, abril 04, 2012
Fusões, Investimentos, Plano de Negócio, Saúde, Tese Investimento, Transações MA
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Ruy Moura
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