04 julho 2011

Copersucar insere ‘pílula de veneno’ no seu estatuto.

Formada a partir da sociedade entre 48 unidades produtoras de açúcar e álcool, a Copersucar, que atua na venda dessas commodities, quer garantir que sua entrada na bolsa não vai ameaçar a estrutura de controle diluído tradicional da empresa.

Dentre as regras do estatuto social da companhia, está previsto que, se quiser ultrapassar a parcela de 10% do capital da empresa, o investidor será obrigado a fazer uma oferta pública de aquisição (OPA) para comprar a totalidade das ações.

Por um preço bem amargo, diga-se: pelo menos 150% acima da cotação média dos papéis nos 12 meses anteriores, do preço unitário mais alto pago pelo acionista adquirente durante esse período ou do valor econômico das ações apurado por dois bancos.

O mecanismo de defesa, mais conhecido como “pílula de veneno”, foi inaugurado no mercado de capitais brasileiro pela Natura. Ele serve para inibir que algum investidor atinja uma participação minoritária que lhe garanta o controle da companhia.

Por outro lado, pode afastar investidores de longo prazo que gostam de participar da gestão das empresas nas quais investem. E isso justamente no momento em que a Copersucar disputa a incerta demanda do mercado para captar até R$ 2,7 bilhões na sua abertura de capital.
Se a coleta de intenções de investimentos for bem-sucedida, a Copersucar chegará à bolsa também com um plano de opção de compra de ações aprovado.

O plano vai abranger no máximo 3% do capital da empresa e terá preço de exercício baseado na média das cotações da ação no mercado. Na primeira outorga, haverá desconto de 15% ante o preço da oferta inicial de ações.
Mais da metade dos recursos levantados com a oferta primária – de até R$ 2,16 bilhões – vai para o fortalecimento da estrutura de capital da companhia, cujo endividamento líquido quintuplicou em um ano.

O período de reserva das ações ocorrerá entre os dias 7 e 18. O preço dos papéis será definido no dia 19. Conforme a faixa indicativa, o valor deve ficar entre R$ 14,50 e R$ 18,50. Pessoas físicas podem participar da operação com aplicações a partir de R$ 3 mil.
Fonte:ValorEconômico04/07/2011

04 julho 2011



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