06 junho 2016

Ser Educacional propõe combinação de negócios com Estácio

A Ser Educacional apresentou proposta de combinação dos negócios com a Estácio Participações, dias depois desta ter recebido oferta semelhante da Kroton, expondo uma rápida movimentação entre as principais empresas privadas de educação no país.

A proposta não vinculante do Conselho de Administração da Ser formulada à mesma instância da Estácio prevê uma companhia combinada com valor de mercado aproximado de 6 bilhões de reais e cerca de 739 mil alunos presenciais, o que seria a segunda maior do país, atrás apenas da Kroton, com cerca de 1 milhão de alunos.

Pelo proposto, a companhia combinada teria participação de 68,7 por cento das ações nas mãos dos acionistas da Estácio e os 31,3 por cento restantes com os acionistas da Ser Educacional, segundo fato relevante divulgado pela Ser na noite de domingo.

Além disso, a Ser Educacional propôs pagar um dividendo extraordinário de 590 milhões de reais aos acionistas da Estácio, o que equivale a 1,92 real por ação desta última.

Segundo o presidente-executivo da Ser Educacional, Jânyo Diniz, a proposta já vinha sendo formulada há algum tempo e tem baixo risco de enfrentar problemas com as autoridades antitruste, uma vez que a sobreposição entre as duas companhias é baixa.

De acordo com o executivo, as condições propostas são atrativas para os acionistas da Estácio, dada a condição de pagar parte da operação em dinheiro.

"Mas não vamos entrar num leilão pelo negócio", disse Diniz à Reuters.
Na semana passada, a Kroton anunciou proposta de combinação de negócios com a Estácio Participações, numa transação toda baseada em troca de ações.

De acordo com a Ser Educacional, que fará uma teleconferência com profissionais do mercado no final da manhã desta segunda-feira para comentar detalhes da proposta, o negócio formulado traz grandes oportunidades de crescimento orgânico, além de ganhos com sinergias operacionais e comerciais.

"Além disso, vamos explorar aquisições futuras", disse Diniz.

A Ser Educacional, que contratou o Credit Suisse e o escritório de advocacia Pinheiro Neto como assessores, disse que a empresa combinada deve ter forte participação nas regiões Norte e Nordeste do país.

A concorrência pela consolidação acontece num momento em que a forte contração da economia brasileira e a vertiginosa queda na arrecadação federal levaram o governo a impor regras mais restritivas para liberação de recursos por meio do programa de financiamento estudantil Fies, que representa parcela relevante das receitas das instituições de ensino superior privado.Por Por Aluísio Alves | Reuters Leia mais em yahoo 06/06/2016

06 junho 2016



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