Ainda que o cenário econômico brasileiro atual seja de incertezas, o país continua atraindo investidores, principalmente pelas oportunidades em infraestrutura, pelo surgimento de novas tecnologias, pela ascensão de novas classes sociais, e pela crescente demanda mundial por produtos agrícolas brasileiros, entre outros.
Além desse cenário, acelerar o crescimento da empresa, resolver problemas de sucessão, captar recursos e expandir as atividades são alguns dos motivos que têm levado os empresários fundadores a considerar em sua avaliação a possibilidade de aceitar um investidor como sócio ou até mesmo vender a participação total, além de, é claro, colocar um bom dinheiro no bolso.
Diante desse panorama, as operações de fusões e aquisições têm sido as formas encontradas pelos empresários. Em Goiás não tem sido diferente. Atualmente, algumas empresas do estado têm optado por esse tipo de transação, atraindo a atenção de investidores nacionais e estrangeiros. De janeiro a agosto desse ano foram fechados cinco negócios e outros estão em andamento, podendo ou não se concretizarem, uma vez que esse processo depende de vários fatores.
Por mais que pareça ser uma boa saída, a decisão de vender a totalidade da empresa ou colocar parte à venda, aceitando um novo sócio no negócio, não é nada fácil. Em recente pesquisa realizada em evento promovido pela KPMG, 78% dos entrevistados, entre eles acionistas e diretores de empresas de Goiás, apontam como barreiras relevantes para a entrada de um novo sócio a divisão de poder e problemas na implementação de uma política de governança relacionada principalmente relacionada à prestação de contas.
O levantamento também apontou que os principais obstáculos desse processo estão relacionados à dificuldade em separar a pessoa física da jurídica, à profissionalização da empresa e à equalização de problemas sucessórios. Tais requisitos são condições imperiosas para que um parceiro estratégico, um fundo de private equitye, mais à frente, a possibilidade de abertura de capital da empresa na Bolsa de Valores sejam concretizados.
Neste caso, vale ressaltar a importância da implementação e do aprimoramento do processo de governança corporativa na empresa, em especial, quanto à organização contábil, de controles internos, processos operacionais e aspectos societários, além da necessidade de instituir um processo robusto de sucessão familiar e profissionalização da gestão, quando aplicável. Esse processo de organização da casa deve fazer parte de um processo de garantia de perpetuidade da empresa. Assim, tal procedimento ajudará a criar cada vez mais valor para o seu negócio e dará um passo importante quando da decisão de aceitar um novo sócio. ( Por Marcelo José de Aquino - sócio-líder da KPMG em Goiás) Leia mais em Diariodamanha 01/11/2014
02 novembro 2014
Você está preparado para aceitar um sócio?
domingo, novembro 02, 2014
Compra de empresa, Fusões, Governança Corporativa, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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