18 março 2018

Quem é Kenneth Pope, o novo dono da Starbucks no Brasil

O investidor fundou e comanda a SouthRock, que agora controla as operações da rede de cafeterias no país

OStarbucks tem novo dono no Brasil. A SouthRock Capital, operadora de restaurantes multimarcas, adquiriu a Starbucks Brasil Comércio de Cafés Ltda, por meio da Star Participações S.A., e passa a controlar todas as operações no país. Seu CEO e fundador, Kenneth Pope, diz-se orgulhoso e empolgado com a transação. Ele se dedica principalmente à área de alimentos e atua no Brasil desde 2008.

O empreendedor veio para o Brasil ao se tornar diretor financeiro da Laço Managment, uma subsidiária da Riata para a América Latina com sede em São Paulo. O fundo de private equity privilegiava negócios com perspectiva de se tornar líderes de mercado nas áreas de agricultura, energia, varejo e setor imobiliário.

Em 2015, Pope fundou a SouthRock, dedicada a negócios de alimentos e bebidas no Brasil. Seu portfolio inclui nomes como St. Marche Supermercados, Eataly Brasil, The Fifties: Traditional Burger, China-in-Box e Gendai. Pope a descreve como um fundo discreto, que prefere os bastidores aos holofotes. "A SouthRock não tem interesse em expor sua marca, mas em procurar por oportunidades para que as marcas que controla, como a Starbucks, sejam reconhecidas", disse. O empreendedor se graduou em ciências biomédicas pela Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos. Formou-se em 2006, ano em que se tornou analista de investimentos em energia na Riata Corporate Group. Entre 2007 e 2008, cursou MBA em Finanças pela Universidade da Cidade de Oklahoma.

Com a Starbucks, Pope tem um gigante nas mãos, mas geograficamente ainda limitado no Brasil. No País, está presente apenas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com 113 lojas próprias em 17 cidades e 1.450 funcionários. O executivo afirma que clientes e colaboradores não devem ser afetados pela venda à SouthRock.

Sobre os atuais profissionais nos cargos executivos da Starbucks, e que têm poder de decisão dentro da companhia, ele diz estar satisfeito. "Estamos muito confortáveis com a atual equipe de executivos que gerencia a Starbucks no Brasil."

Pope afirma que seu primeiro objetivo será avaliar oportunidades de expansão e aumento do número de unidades em outras cidades e estados. "A Starbucks já é bem conhecida pelos consumidores em São Paulo e no Rio de Janeiro. Mas sabemos que há demanda pela presença da rede em outras partes do país", diz.

Com a aquisição, o Brasil entra para uma lista de 17 países na América Latina e Caribe onde a Starbucks atua em um modelo de gestão que deixa o controle local sob responsabilidade de "parceiros", na forma de licenciamento dos direitos sobre as operações.

Segundo Pope, a transação era só uma questão de tempo desde que SouthRock e Starbucks começaram a conversar e "se conhecer". "Estamos muito satisfeitos com o desempenho da Starbucks no Brasil até hoje e confiantes com a oportunidade que temos de melhorar os resultados no futuro", diz. O empresário não divulga os valores do negócio nem como a operadora pagará a empresa norte-americana. Mas afirma que se trata de "um licenciamento muito similar aos demais que a Starbucks já realizou em outros lugares do mundo". POR ANSELMO PENHA Leia mais em  epocanegegocios 16/03/2018

18 março 2018



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