O empresário Daniel Mendez vai dividir a companhia em startups, compra novas empresas, transforma o modo de contratação, cria uma companhia de educação e se prepara para abrir o capital na Bolsa
O empresário Daniel Mendez, fundador e controlador da Sapore, maior empresa de alimentação do Brasil, não é de ficar se lamentando sobre o que passou.
Depois da frustrada tentativa de comprar a International Meal Company (IMC), dona das redes Viena e Frango Assado, que acabou nas mãos do grupo Sforza, de Carlos Wizard, ele diz ter tirado boas lições do episódio.
“Foi rico para a gente porque nos expôs. Abriu a possibilidade de outros negócios acontecerem. E estamos bem avançados em alguns deles”, diz Mendes ao NeoFeed.
O empresário também diz que as negociações fizeram a Sapore se aproximar muito da Bolsa. “Isso nos motiva a buscar o caminho de abertura de capital, quando estivermos prontos para isso”, diz ele.
Ao que parece, é algo que não está muito distante. A Sapore pretende comprar uma grande rede de varejo alimentício para aumentar o seu Ebitda, hoje em R$ 140 milhões, e aí partir para um IPO.
Com um faturamento de R$ 1,9 bilhão no ano passado, a empresa atua no Brasil e em países como Argentina, Colômbia e México; trabalha nos mercados corporativo, eventos e escolas; e serve 1,3 milhão de refeições por dia.
Na entrevista que segue, Mendes fala sobre a transformação digital que está acontecendo na companhia, os spin-offs que pretende fazer de áreas como a de suprimentos, da criação de uma empresa de educação e de seus investimentos em startups.
“Não adianta esperar o mundo novo chegar, você tem que fazer movimentos internos. Se hoje o desafio é como vamos nos comunicar com as startups, temos de virar startups internamente”, diz ele.
Acompanhe:
Você tentou comprar a IMC e não conseguiu. Quais são os próximos passos?
Realmente, a insistência na época era cabível frente ao que vislumbrávamos no primeiro ano, que era um Ebitda de R$ 40 milhões a mais naquele momento. Enfim, não saiu e isso foi rico para a gente porque nos expôs. Abriu a possibilidade de outros negócios acontecerem. E estamos bem avançados em alguns deles. Outra questão importante é que a gente teve muito mais contato com a Bolsa e como ela funciona. Isso nos motiva a buscar o caminho de abertura de capital, quando estivermos prontos para isso. Em relação a governança e transparência, estamos convencidos que podemos abrir capital. Agora estamos buscando aumentar o nosso Ebitda. No ano passado, fizemos R$ 127 milhões em Ebitda.
Então pretende aumentar por meio de aquisição? Com quem você está conversando?
Recebemos muitos convites de empresas menores, mas entendemos que a primeira aquisição tem de ser uma empresa grande. Temos alternativas no varejo e na nossa área de atuação. Mas ainda não posso abrir com quem estamos falando.
Estão falando com quantas companhias?
Estamos falando com três e são boas alternativas.
O que falta para abrir o capital?
Para entrar na Bolsa, acreditamos que temos de ter um Ebitda acima de R$ 200 milhões. Neste ano, nosso Ebitda vai alcançar R$ 140 milhões. Por isso, queremos comprar uma empresa grande e aí fazer o IPO.
“Queremos comprar uma empresa grande e aí fazer o IPO”
Qual seria o valor de mercado da Sapore na Bolsa?
É difícil fazer esse tipo de previsão, mas acreditamos que seja de 15 a 16 vezes o Ebitda.
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Alimentos, Compra de empresa, IPO, Oportunidades, Tese Investimento, Transações MA, Varejo, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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