O volume de operações de fusões e aquisições de empresas de Tecnologia da Informação – TI e Telecom no primeiro semestre/16, foi o pior dos últimos cinco anos. O número de transações no primeiro semestre/16, no total de 100, registrou uma redução de 24,8% sobre igual período do ano anterior. Em relação ao valor total dos negócios verificou-se um crescimento de 116,2%, com o montante de R$ 8,7 bilhões (sendo que somente uma operação representou 47% do total).
No mês de junho/16, foram realizadas 21 transações, sinalizando uma queda de 36,4% em relação ao mês do ano anterior.
Os segmentos de SERVIÇOS DE TI, SOFTWARES e COMÉRCIO ELETRÔNICO concentram o maior número de operações no mês.
Quanto ao racional do investimento as operações direcionadas à Escala predominaram.
Transações envolvendo empresas de pequeno porte foram em maior volume.
Em junho, os investidores financeiros foram mais ativos em volume, como também os de capital nacional.
No acumulado do primeiro semestre de 2016, o Investidor Estratégico foi o mais ativo com 62 operações. Os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 88,6% dos investimentos no acumulado do semestre. Os EUA foram responsáveis por 25% dos negócios.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza uma queda contínua.
A maior transação no mês foi a da Movile anunciando investimentos no valor de US$ 40 milhões, liderada pela Naspers Ventures, e pelo fundo Innova.
O destaque do mercado fica por conta do estudo Mercado Brasileiro de Software e Serviços 2016, produzido pela Associação Brasileira das Empresas de Software em parceria com a IDC, mostrando que Mercado de TI no Brasil cresce 9,2% em 2015.
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês e Relação das Transações.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
O volume de transações no primeiro semestre/16, totalizou 100 operações, registrando uma redução de 24,8% sobre igual período do ano anterior. No mês de junho/16 foram realizadas 21 transações, representando uma queda de 36,4% em relação a junho/15 (33 operações) e um crescimento de 40,0% em relação ao mês imediatamente anterior (15 transações).
No fluxo de transações realizadas em junho, a queda verificada nos últimos meses foi interrompida.
O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em junho/16, mantém o viés de queda.
Os segmentos de maior volume de operações em junho/16, foram os de SERVIÇOS DE TI, SOFTWARES, e COMÉRCIO ELETRÔNICO com 81,0% do total
Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de junho, o subsegmento de BPO: serviços financeiros; contabilidade, recursos humanos...; Outsourcing; Treinamento de SERVIÇOS DE TI foi o mais ativo. No acumulado deste ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações.
O montante de transações no primeiro semestre/16, alcançou R$ 8,7 bilhões, representando um crescimento de 116,2% sobre igual período do ano anterior. No mês de junho, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (76,2%) e as não divulgadas (estimados) 23,8%, totalizou cerca de R$ 424 milhões, representando uma queda de 33,7% em relação ao mês de maio/16.
Comparando-se o número de transações do 1º semestre, por segmentos, compiladas nos últimos três anos, verifica-se que nenhum segmento acusou crescimento neste ano.
RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No primeiro semestre de 2016, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;
PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno porte no presente mês.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões
• Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
• Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
• Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
• Grande empresa > R$ 300 milhões
PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor das 21 operações destacadas, os Investidores Financeiros foram responsáveis por 14 negócios em jun/16. Desse volume, 10 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 4 de capital estrangeiro. Os investidores Estratégicos realizaram 7 negócios, sendo 4 de capital nacional e 3 de capital estrangeiro.
No acumulado do período do 1º sem/16, o Investidor Estratégico se destaca com maior número de operações - 62. Entre eles sobressai o Investidor Nacional com 40. Já no que tange ao montante das transações, os Investidores Estratégicos representaram 80,8%. Por sua vez, os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 88,6% dos investimentos e 36,0% do volume de operações.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
VALOR MÉDIO
O valor médio das transações no primeiro semestre de 2016, por Segmento de TI, foi de R$ 87,2 milhões, representando um crescimento de 188% em relação ao mesmo período de 2015.
NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de junho/16, foram registrados 7 operações de países distintos. No acumulado do ano, foram 36 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por 25% dos negócios.
MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA NO MÊS
A maior transação neste mês foi a da Movile anunciando rodada de investimentos no valor de US$ 40 milhões, liderada pela Naspers, por meio da divisão Naspers Ventures, e pelo fundo Innova, que fazem parte do grupo de principais acionistas da companhia. O montante será destinado para impulsionar a expansão global da companhia no segmento on-demand, por meio de serviços como delivery de comida, tickets e logística. 28/06/2016
DESTAQUE DO MERCADO:
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
- RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em maio/2016
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
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