O setor elétrico do Brasil deverá ter intensa movimentação a partir deste segundo semestre, com diversas operações de fusões e aquisições sendo destravadas por melhorias na regulação, afirmou nesta sexta-feira o presidente da CPFL Energia, maior elétrica privada do país, que poderá ter em breve a chinesa State Grid como controladora.
Segundo André Dorf, deverá haver uma retomada na atração de investidores estrangeiros devido à postura mais alinhado ao mercado do governo interino do presidente Michel Temer, o que poderá gerar interesse mesmo por ativos da combalida estatal federal Eletrobras, que decidiu privatizar até o final de 2017 todas suas distribuidoras de energia, além de tentar se desfazer também de ativos de geração e transmissão.
"Combinando a estabilidade regulatória e essa mudança de postura (do governo), abre uma avenida para outras discussões que são mais estratégica para o setor, como a consolidação e as privatizações... vai ter um ambiente favorável para atração de investidores estrangeiros... até o início do ano, a questão regulatória travava... agora começa a ter mais convergência de preços entre vendedor e comprador", afirmou Dorf.
O executivo, que assumiu a presidência da CPFL em 1 de julho, preferiu não dar muitos detalhes sobre o interesse da companhia nas oportunidades que poderão aparecer nesse contexto.
Segundo ele, a CPFL avaliará todas oportunidades, mas a estratégia dependerá, em parte, da visão dos chineses sobre o negócio.
A State Grid ofereceu cerca de 5,8 bilhões de reais pela fatia de uma das controladoras da CPFL, a Camargo Corrêa, e estendeu a proposta também ao restante do bloco de controle, formado por Previ e Bonaire.
"Para nós, existem dois cenários prováveis. Ou só a Camargo vende sua fatia e seguimos nossa rota... outra possibilidade é todos venderem. É uma alternativa igualmente empolgante... mas a gente não conhece ainda a estratégia deles (chineses) para a CPFL", afirmou Dorf. Ele também não quis comentar prazos para o andamento da transação.
Segundo ele, a CPFL possui possibilidades de expansão em geração convencional, com hidrelétricas e termelétricas, com foco em oportunidades de aquisição; em renováveis, por meio de novos projetos ou aquisições de sua subsidiária CPFL Renováveis; e em distribuição, segmento no qual a companhia avaliará ativos que venham a ser oferecidos ao mercado.
A CPFL analisará inclusive as distribuidoras que a Eletrobras pretende vender, que segundo Dorf podem atrair competição de investidores caso o preço dos ativos seja bem definido. "Ao preço certo deve ter disputa, sim. Tem muita gente olhando para o Brasil", afirmou. Por Luciano Costa (Reuters) - Leia mais em r7 22/07/2016
23 julho 2016
CPFL vê caminho aberto para aquisições no setor elétrico enquanto aguarda chineses
sábado, julho 23, 2016
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Ruy Moura
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