Venda da Copervale deve profissionalizar produtores

Sindicato Rural de Uberaba (SRU) aprova a venda da Copervale Alimentos S/A. O presidente da entidade, Romeu Borges, participou da assembleia geral realizada na quinta-feira, 31 de julho, com os acionistas que aprovou a transferência do controle acionário para a MacGrif. “Eu vejo com bons olhos esta venda”, destaca.

De acordo com ele, a proposta da MacGrif foi a melhor apresentada, no sentido de contribuir para evitar o fechamento da tradicional cooperativa de Uberaba. O dirigente diz que, se a transferência do controle acionário vier com plano de desenvolvimento econômico, como, por exemplo, expansão da produção de leite e industrialização, além da geração de emprego e renda, será algo extremamente positivo para o município.

Ele alerta, porém, para a importância de os produtores rurais se adequarem à política de uma grande empresa em médio prazo, que exigirá qualidade do leite. “Se os produtores não se atentarem a essas questões, poderão deixar de fornecer o leite. A empresa grande visa lucro e vai procurar qualidade e excelência. Não é como uma cooperativa que arrecadava qualquer quantidade do produto”, afirma.

Por outro lado, ele comenta que a negociação foi criticada por alguns acionistas que pretendem entrar com liminar contra a assembleia-geral que aprovou a transferência do controle acionário para a MacGriff. O dirigente questiona esta postura, lembrando que, desde o início da crise, não houve nenhuma proposta financeira tão viável para assumir a Copervale Alimentos. “As críticas vieram sem nenhuma proposta prática. Como a empresa está em crise, à beira de fechar suas portas, a transferência foi a melhor alternativa. Nenhuma empresa virá aqui para pagar o valor que realmente vale”, revela.

Conforme analisa, a MacGriff está assumindo uma conta de mais de R$ 40 milhões com a compra do controle acionário, pois, ao mesmo tempo, está assumindo as dívidas da empresa. “Há mais de um ano existe a crise e até agora não houve oferta melhor. A empresa vai assumir toda a dívida, comprar as ações por um valor razoável, correndo o risco do negócio”, destaca. Leia mais em jm 06/08/2014

07 agosto 2014