A WDC Networks — a maior fornecedora de produtos de fibra óptica do Brasil — acaba de mandatar o BTG Pactual para uma capitalização de R$ 1 bilhão, um movimento que dará fôlego à expansão da empresa em meio à explosão na demanda por banda larga de alta velocidade.
As conversas estão em estágio inicial com fundos de private equity e de infraestrutura.
A maior parte dos recursos vai para o caixa da empresa, mas a ideia também é dar saída parcial ao 2BCapital — um fundo que comprou 43% da empresa em 2017 e tem Bradesco, Valia, Previ e Funcef como cotistas.
A WDC deve ter uma receita de R$ 750 milhões este ano com margem EBITDA de 27%. Ano passado, faturou R$ 640 mi.
Vanderlei Rigatieri, o fundador e CEO da empresa, disse ao Brazil Journal que a WDC estava preparando um IPO no início do ano e ia fazer o filing na CVM no final de março. Com a pandemia, a janela fechou e os planos foram adiados.
De lá para cá, o isolamento social fez a demanda por banda larga explodir, com muitos clientes trocando a internet via rádio por fibra óptica.
Nos últimos cinco meses, a WDC vendeu uma média de 120 mil modems de fibra óptica por mês — quase 30% acima do que vendia no início do ano.
Fundada em 2003 como uma distribuidora de produtos de wireless e câmeras de segurança, a WDC entrou em fibra óptica oito anos depois quando licenciou a tecnologia da Fiberhome, uma fabricante chinesa com sede na hoje famosa Wuhan. Construiu uma fábrica em Ilhéus e começou a vender os modems e centrais de distribuição (OLT) para os mais de 10 mil provedores regionais de banda larga.
(As OLTs ficam dentro do provedor e emitem o sinal de luz para a rede de fibra, que está conectada aos modems. Cada OLT é capaz de alimentar 8 mil modems).
No Brasil, há 33 milhões de acessos à banda larga, dos quais 12 milhões acontecem por modems de fibra óptica. Desses 12 milhões, a WDC vendeu 1 de cada 4 para clientes como Brisanet e Sumicity. .. Leia mais em Brazil Journal 17/08/2020
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