Bala na agulha: Hapvida tem mais caixa do que dívidas, uma situação invejável em tempos de pandemia
De tempos em tempos, uma empresa chama a atenção do mercado por adotar uma estratégia agressiva de crescimento via aquisições.
Neste momento, os olhos de investidores e analistas estão voltados para a operadora de planos de saúde Hapvida (HAPV3). De maio de 2019 a julho deste ano, a empresa realizou oito aquisições, entre hospitais e operadoras.
Com um modelo de negócios verticalizado, em que os beneficiários dos planos de saúde são atendidos pelos hospitais mantidos pela própria Hapvida, parte das aquisições serviu para reforçar sua infraestrutura em regiões onde já atua.
Mas a parte que mais interessa os investidores é a expansão para outros mercados, como o Centro-Oeste, o Sul e o Sudeste. O motivo do interesse é óbvio: são as regiões mais populosas do Brasil. Em meados de julho, ao avaliar a estratégia de aquisições da Hapvida, o Banco Safra pontuou o abismo que separa a companhia desses mercados.
Segundo o banco, o Norte e Nordeste, onde a Hapvida detém 32% de participação de mercado, representa apenas 17% do mercado brasileiro de planos de saúde. Já no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 83% de todo o mercado, a companhia detém apenas 2,4% de participação.
No que depender da cúpula da empresa, essa diferença será cada vez menor. Em entrevista ao Money Times, seu diretor financeiro, Bruno Cals, afirma que a Hapvida está preparada para novas aquisições. No momento, há 15 alvos, entre operadoras e hospitais.
Munição para tanto, não falta. Enquanto outras empresas não sabem se sobreviverão mais um dia, arruinadas pela pandemia de coronavírus, a operadora cearense exibe uma dívida líquida negativa de R$ 2,1 bilhões, fruto de um caixa com R$ 4,2 bilhões e uma dívida total de apenas R$ 2,1 bilhões.
Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista... Leia mais em moneytimes 14/08/2020
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