A Alphaville retomou o processo para oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), conforme prospecto divulgado nesta sexta-feira (14).
A Alphaville havia solicitado o registro inicialmente em março deste ano. Mas interrompeu o processo devido à pandemia de Covid-19.
De acordo com a demanda da oferta, poderão ser ofertados lotes adicional de até 20% do total de ações inicialmente ofertadas e suplementar de até 15% do total. Em caso de oferta secundária, o Private Equity AE Investimentos e Participações será vendedor.
A oferta terá como coordenadores o Bradesco BBI, o BTG Pactual, Itaú BBA e XP Investimentos. O público alvo da oferta são investidores não institucionais e institucionais, nacionais e internacionais.
A Alphaville é uma empresa brasileira que já atua a mais de 46 anos no mercado e é conhecida pelo desenvolvimento de loteamentos urbanos fechados (gated- communities ) para as classes média e alta, sendo a única companhia do setor presente em 23 estados e em mais de 76 cidades do país.
Atualmente, existem mais de 120 projetos em desenvolvimento pela Companhia, e um landbank cujo potencial de venda é estimado em cerca de R$ 17 bilhões, de acordo com estimativa da companhia.
A companhia afirma que desde a sua fundação, foi responsável pela urbanização de aproximadamente 85 milhões de m² em todo o território nacional.
Capital Social
O capital social da companhia é de R$ 596 milhões, divido em 209.319.139 ações ordinárias. Os principais acionistas são os fundos Private Equity AE, Brazilian PE IV, Pátria PE IV, Pátria Real Estate III e o Pátria Real Estate I.
Operação
Segundo o prospecto, a Alphaville Urbanismo reportou um prejuízo líquido de R$ 773,6 milhões no ano passado, acumulando um prejuízo de R$ 2,1 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou R$ (372,3) em 2019, ante R$ (376,6) milhões de 2018 e R$ (510,7) milhões de 2017.
Já a margem Ebitda foi de (226,74%) no ano passado, contra (723,76%) em 2018 e (471,43%) em 2017.
A receita líquida atingiu R$ 164,2 milhões no ano passado, contra R$ 52 milhões de 2018 e R$ 108,3 milhões de 2017.
A dívida líquida somou R$ 816 milhões em 2019, ante R$ 2,2 bilhões em 2018 e R$ 1,7 bilhão em 2017.
Fatores de riscos
No prospecto, a Alphaville ressalta como principais riscos, problemas relacionados ao cumprimento do prazo de construção e à conclusão dos empreendimentos imobiliários; a não obtenção, atrasos ou cancelamento de licenças ou alvarás; insucesso em parcerias com proprietários de terrenos, prestadores de serviços e fornecedores; não dispor de seguro suficiente para nos protegermos contra perdas substanciais; e o valor de mercado dos lotes que a companhia mantém em estoque e/ou dos terrenos a serem desenvolvidos e que são objeto das parcerias assinadas pode cair.
Além do vencimento antecipado das dívidas contraídas pela companhia através de contratos financeiros que pode incorrer em custos não previstos e em atrasos para a conclusão de projetos.
Cabe ressaltar que após a oferta, a companhia continuará sendo controlada pelo acionista vendedor.
Destinação dos recursos
A Alphaville Urbanismo pretende utilizar os recursos líquidos obtidos na oferta primária para o pagamento de contratos financeiros, despesas administrativas, de vendas e gerais.
Além disso, pretende realizar aquisição de terrenos, aumento na participação de novos lançamentos e capital de giro... Leia mais em euqueroinvestir 15/08/2020
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