A depender dos avanços sobre a reforma da Previdência e de um encaminhamento da questão fiscal pelo governo, especialistas destacam papéis de construção civil, varejo e bens de capital
O possível maior fluxo de capital estrangeiro e de ofertas iniciais de ações em 2019 impulsionará a carteira de small caps. Bastante influenciadas pelo cenário doméstico, as ações de construção civil, varejo e bens de capital são destaque entre os investidores.
Os dados da série histórica da B3 – de novembro do ano passado – mostrou que a carteira teórica de small caps encerrou o mês aos 1.758,94 pontos. A valorização dos papéis corresponde a uma variação de 13,4% frente ao observado no mesmo mês de novembro de 2017 (1.551,73 pontos) e uma alta de 57,3% em relação ao mesmo período de 2016 (1.118,35 pontos).
De acordo com o especialista em ações da Levante, Eduardo Guimarães, a carteira de small caps, por reagir depois das blue chips, acaba tendo um “gap” em relação aos papéis do Ibovespa. “Apesar de os small terem ficado atrás do Ibovespa em 2018, com um crescimento de 8% [ante os 15% do índice], esse gap de distância já começou a ser fechado em dezembro, com uma melhor valorização”, explicou o especialista.
Segundo ele, enquanto o Ibovespa caiu 1,8% no mês passado, a carteira de small caps subiu 2,1% na mesma base de comparação. “Isso também ocorre por conta da perspectiva de crescimento de lucro dessas empresas que, por serem menores e com custos mais controlados, têm altas muito superiores no lucro”, acrescentou Guimarães.
Entre as ações de maior peso na categoria de small caps (SMLL) da B3, estão, por exemplo, as cinco maiores são: Azul PN, com participação de 5,16% da carteira, seguida por Sul América UNT (3,92%), CVC Brasil ON (3,89%), Estácio Participações ON (3,89%) e Bradespar PN (3,44%).
Na linha das expectativas para este ano, porém, o gerente de renda variável da Ativa Investimentos Rodrigo Rocha reitera que tanto as estimativas quanto ao fluxo de capital estrangeiro, como as perspectivas de um maior volume de Ofertas Públicas Iniciais de Ações (do inglês, IPO), ainda dependem de um “direcionamento mais claro” sobre as reformas necessárias no País.
“Diferente dos papéis do Ibovespa, os small caps dependem muito do cenário doméstico e para que qualquer impacto seja sentido é preciso que o fator Previdência chegue a um denominador comum para que o setor comece a caminhar de forma mais atrativa”, afirma o gerente. “Isso, porém, só será visto ao final do primeiro semestre de 2019”.
Para Guimarães, o movimento que causará impacto em um primeiro momento, porém, é o volume de IPOs. “O fluxo esperado de até R$ 250 bilhões é positivo para o segmento, mas o primeiro reflexo no SMLL seria dos IPOs que podem, inclusive, mostrar ofertas pequenas e impulsionar a demanda por esses papéis”, completa o especialista.
Destaques Entre os setores da economia que mais devem se destacar na categoria, os entrevistados reiteram as ações voltadas para Construção Civil, Varejo e Bens de de Capital como os principais destaques da bolsa. “Tegma Logística, Randon, Marcopolo e Tupy, por exemplo, são empresas boas e com grande potencial.
Além disso, papéis de varejo, setor imobiliário e até as novatas de saúde, como Hapvida e Intermédica também podem se destacar”, afirma Guimarães. Já Rocha destaca os riscos. “São ações com capitalização menor e, portanto, maior risco e volatilidade. É preciso entender o mercado”, conclui... Leia mais em dci 23/01/2019
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Ruy Moura
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