A empresa britânica de private-equity Pioneer Point Partners apresentou uma oferta para comprar a participação do Grupo BTG Pactual SA em uma rede de água de Barcelona.
O banco brasileiro busca captar recursos após a prisão do bilionário que fundou a empresa.
A Pioneer apresentou uma oferta em dinheiro para compra da participação do BTG na ATLL Concessionària de la Generalitat de Catalunya SA, que fornece água para empresas públicas locais na região no entorno de Barcelona, segunda maior área urbana da Espanha, de acordo com uma carta enviada ao BTG obtida pela Bloomberg News.
Embora a carta não revele o valor da oferta, o BTG avaliou sua participação na ATLL em cerca de US$ 66 milhões no final de setembro, segundo um fato relevante do mês passado.
Representantes da Pioneer e do BTG preferiram não comentar se estão negociando o ativo.
A oferta da Pioneer, que tem sede em Londres, surge em um momento em que o BTG tenta reforçar suas finanças após a prisão do ex-presidente do conselho e ex-CEO da empresa, André Esteves, no dia 25 de novembro.
Os investigadores brasileiros suspeitam que Esteves, que renunciou a seus cargos no mês passado, tentou obstruir uma investigação de corrupção de abrangência nacional envolvendo a empresa petrolífera estatal, a Petrobras. Por meio de seus advogados, Esteves negou as acusações.
A participação do BTG na ATLL é um resquício da expansão global que Esteves liderou no banco com sede em São Paulo, que comprou ativos financeiros e de infraestrutura em todo o mundo. O BTG e a Pioneer investem em conjunto em uma empresa holding dona de 39 por cento da ATLL, e o BTG é o acionista majoritário.
O grupo espanhol de infraestrutura e energia Acciona SA possui outros 39 por cento da ATLL e investidores minoritários mantêm o restante.
A Pioneer solicitou um período de exclusividade de duas semanas para negociar um acordo pela ATLL e pediu que o BTG evite vender ações na empresa holding para qualquer outro investidor nesse período, segundo a carta.
Queda de 50 %
As ações e os bonds do BTG caíram devido aos temores dos investidores a respeito da perda de seu CEO, sendo que suas ações caíram mais de 50 por cento no mês passado.
Para ganhar tempo, a empresa garantiu uma linha de crédito de R$ 6 bilhões (US$ 1,5 bilhão) do Fundo Garantidor de Depósito, do Brasil, formado por capital privado.
Como parte de um esforço mais amplo para se desfazer de ativos, o BTG está trabalhando com a Lazard Ltd. na potencial venda do banco privado suíço BSI, disseram duas fontes informadas sobre o assunto.
Entre os demais ativos que poderiam ser vendidos estão participações na empresa varejista União de Lojas Leader SA, na rede de academias Bodytech Participações SA e na empresa de gestão de ativos de liquidação duvidosa Recovery do Brasil, disse o BTG em um fato relevante, neste mês.
A empresa também se desfez de mais de US$ 250 milhões em títulos europeus garantidos por ativos neste mês, disseram fontes informadas sobre o assunto. Manuel Baigorri e Matthew Campbell, da Bloomberg Leia mais em exame 14/12/2015
15 dezembro 2015
BTG recebe proposta por fatia na rede de água de Barcelona
terça-feira, dezembro 15, 2015
Compra de empresa, crise, Desinvestimento, Meio Ambiente, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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