As operações de fusão e aquisição ocorridas no Brasil somaram R$ 194,930 bilhões em 2017, um aumento de 4,40% em relação ao ano anterior. De janeiro a dezembro, foram 1.096 transações, uma alta de 5,69%. Os dados constam no relatório anual Transactional Track Record (TTR),..
No quarto trimestre, foram registradas 274 operações, queda de 7,74% ante igual período de 2016. Em valor, essas operações somaram R$ 49,972 bilhões, queda de 8,23%. O destaque do trimestre, segundo a TTR, foi a conclusão da aquisição da participação de 50% que a Vigor Alimentos detinha na Itambé Alimentos pela Cooperativa Central dos Produtores .. Leia mais em valoreconomico 05/01/2018
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Fusões e aquisições movimentam R$ 195 bi em 2017
Os anúncios de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras movimentaram, ao longo de 2017, R$ 194,93 bilhões, o maior valor acumulado em um ano desde 2013. De acordo com o Relatório Anual da Transactional Track Record, em parceria com a LexisNexis e TozziniFreire Advogados, foram registradas, de janeiro a dezembro, 1096 transações, alta de 5,69% em comparação ao reportado no ano anterior.
Apesar de ter registrado queda de 13%, o segmento de Tecnologia foi o mais ativo do ano, seguindo tendência que se mantêm desde 2014, contabilizando 186 transações no período. Em seguida, aparecem os setores Financeiro e Seguros, 112, e Distribuição e Retail, 103, que apresentaram declínio de 16% e 6%, respectivamente, enquanto o setor Imobiliário foi o de maior crescimento no ano, 48% devido às suas 98 operações.
O volume financeiro das operações de private equity registradas no Brasil em 2017 foi de R$ 20 bilhões, alta de 44% no valor aportado em relação a 2016, apesar de queda de 8% no número de operações registradas, 90. No subsetor Distribuição e Retail, que lidera os investimentos da modalidade desde 2015, houve redução de 24% no número de transações no ano.
A tendência de investimentos nos subsetores Saúde, Higiene e Estética e Imobiliário permanece - foram os favoritos dos fundos e registraram respectivo crescimento de 71% e 80%. O setor Elétrico também passou a receber mais aportes dos fundos de Private Equity, e cresceu 300% no ano.
No cenário de venture capital, 2017 foi um período de forte crescimento. Das 181 transações registradas no TTR, 94 revelaram valores que somam R$ 3,07 bilhões, alta de 54% em comparação ao ano precedente. Os investimentos em venture capital em 2017 ultrapassaram os valores investidos no Brasil nos quatro anos antecedentes.
Os subsetores mais atrativo foi Tecnologia, 97 operações registradas e crescimento de 8%. Em seguida, Internet, com 44 deals, mas que fechou o ano com queda de 46%, em um movimento contrário aos subsetores Financeiro e Seguros (25), alta de 108%, e Distribuição e Retail, 69%.
O mercado de capitais brasileiro voltou a ter um ano expressivo e registrou 11 IPOs em 2017, quase o dobro dos três últimos anos somados, movimentando mais de R$ 20 bilhões. Destaque para a estreia na bolsa da BR Distribuidora, que superou o valor de R$ 5 bilhões, e do Grupo Carrefour Brasil, que chegou a R$ 4,9 bilhões.
As emissões de ações também tiveram um ano positivo, apesar da queda no número de operações em relação a 2016, de 25 para 22, mas que movimentaram R$ 26 bilhões em 2017, mais do que o dobro do ano anterior, R$ 12 bilhões.
Os Estados Unidos seguem como o país com o maior número de aquisições no mercado brasileiro, com 87 operações que alcançaram R$ 19 bilhões em investimentos, uma retomada de 3,57% no crescimento em relação ao ano anterior. A segunda posição, em volume total de investimentos, fica com a China, que acumulou R$ 12,2 bilhões em 2017, com destaque para o apetite chinês no setor de energia elétrica.
Em número de operações, França aparece atrás dos EUA, com 21 operações que somaram R$ 5 bilhões, seguida pelo Reino Unido, 13 transações, em sua maioria de pequeno porte, que movimentaram R$ 230 milhões.
Desde 2010, as empresas brasileiras que mais atraem investimentos estrangeiros são as empresas do segmento de Tecnologia e Internet. Em 2017, foram registradas 47 transações, porém com queda de 16,07% em relação ao ano anterior. O setor de Tecnologia foi aquele que mais recebeu aporte de empresas estrangeiras ao longo do ano. Destaque também para os setores Elétrico e de Consultoria, Auditoria e Engenharia.
No âmbito outbound, destaque para os investimentos de empresas brasileiras realizados nos EUA, 12 operações que juntas somaram R$ 542,29 milhões. A vizinha Argentina também foi alvo dos investidores brasileiros, que aportaram R$ 433,55 milhões em 9 deals.
Os resultados de 2017 também consolidam a liderança brasileira no cenário latino-americano de fusões e aquisições. De janeiro a dezembro, foram contabilizadas 752 transações domésticas no mercado nacional, enquanto o México, país que apresentou o segundo melhor resultado no quesito, registrou 116.
Também se destacam os números de aquisições cross-border inbound no país, 236, mais do que o dobro das transações dessa modalidade registradas pelo México (95). Entretanto, o mercado mexicano fechou o período com 61 aquisições cross-border outbound, enquanto o mercado brasileiro encerrou o período com 43.
A transação escolhida pelo TTR como a de destaque do trimestre foi a conclusão da aquisição da participação de 50% que a Vigor Alimentos detinha na Itambé Alimentos, empresa fabricante de produtos lácteos, pela CCPR, Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais, por R$ 700 milhões.
Em suas 5 fábricas, a Itambé processa diariamente mais de 3 milhões de litros de leite, que são transformados em mais de 100 produtos diferentes. A empresa conta com mais de 7 mil produtores e mais de 3 mil colaboradores. Com a conclusão da operação, a CCPR passa a assumir 100% da Itambé.
A CCPR contou com a assessoria jurídica do escritório Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados. Por sua vez, a Vigor recebeu assessoria jurídica do Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados, no Brasil, e do Rico, Robles, Libenson y Bernal, no México.
O ranking do TTR de assessores financeiros por valores das transações chega ao fim de 2017 liderado pelo Banco Itaú BBA, tanto em número de transações, 36, quanto em valor transacionado, R$ 22,5 bilhões. Em segundo lugar aparece o Banco BTG Pactual, R$ 21 bilhões, e, na sequência, Banco Bradesco BBI, R$ 19,7 bilhões.
Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados está no topo do ranking da TTR de operações de fusões e aquisições assessoradas por escritórios de advocacia, por valor total de transações, tendo totalizado R$ 43,1 bilhões. O escritório é líder também por número de operações, 62. Na segunda colocação está o escritório Pinheiro Neto Advogados, R$ 24,4 bilhões, seguido por Barbosa Müssnich, Aragão, 21,3 bilhões. Leia mais em InvestimentoseNotícias 05/01/2018
05 janeiro 2018
Valor total de fusões e aquisições no Brasil sobe 4,4% em 2017,diz TTR
sexta-feira, janeiro 05, 2018
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Ruy Moura
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