A Uniasselvi - instituição de ensino a distância das gestoras de private equity Carlyle e Vinci Partners - não levou adiante a negociação com a CVC Partners que sinalizou interesse em pagar entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,5 bilhão pelo ativo. Agora, a Uniasselvi analisa uma abertura de capital e aquisições de outras instituições de ensino, segundo o Valor apurou.
A Uniasselvi tem no radar cerca de cinco ativos, informou uma fonte a par do assunto. Entre eles, está o Grupo FSG, que pertence à gestora de private equity Advent e reúne o Centro Universitário da Serra Gaúcha e a Faculdade Cesuca, ambos no Rio Grande do Sul.
No segundo semestre de 2017, após tornar-se acionista da Estácio - segundo maior grupo de ensino superior privado do país -, a Advent abriu um processo competitivo para vender a FSG por cerca de R$ 340 milhões. Os outros dois interessados na FSG são o fundo de private equity inglês Actis e o fundo soberano de Cingapura GIC.
Em relação ao IPO, fontes contaram que a Uniasselvi tem conversado com bancos de investimentos, mas ainda não há nada formalizado. Um dos bancos que teria procurado a instituição de ensino é o Bank America of Merrill Lynch (BofA), liderado por Eduardo Alcalay, que conhece profundamente o setor de educação, uma vez que foi presidente-executivo e do conselho da Estácio por vários anos.
Uma das teses dos banqueiros que defendem o IPO é a margem de lucro do ensino a distância - que é maior quando comparada a dos cursos presenciais.
Outro argumento, defendido pela própria Uniasselvi, é que o negócio tem potencial de crescimento com a tendência do ensino híbrido, em que parte do conteúdo didático é ministrado presencialmente e a outra parte on-line, um modelo comum nos Estados Unidos.
Mas há também muitos questionamentos sobre o aumento da concorrência após o Ministério da Educação (MEC) ter flexibilizado as regras de abertura de polos de ensino a distância - unidades onde são realizadas atividades presenciais de apoio. Até maio do ano passado, as instituições levavam até dois anos para conseguir abrir polos, o que valorizava as escolas que já eram donas dessas unidades. Hoje a Uniasselvi tem cerca de 200 polos e deve chegar ao fim do ano com 250 unidades.
Ainda de acordo com fontes, caso o IPO da Uniasselvi vá adiante, o Carlyle pode se desfazer de sua fatia, que é de 50%. A gestora tem interesse em entrar em educação básica e sair do ensino superior.
Com 110,4 mil alunos matriculados, a Uniasselvi é uma das maiores instituições no mercado de educação a distância. A expectativa é que seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) chegue a R$ 200 milhões neste ano, uma alta de cerca de 30% sobre 2017.
Procurada, a Uniasselvi afirmou que prefere não comentar. - Valor Econômico Leia mais em Leia mais em portal.newsnet 04/01/2018
04 janeiro 2018
Uniasselvi analisa IPO e aquisições
quinta-feira, janeiro 04, 2018
Compra de empresa, Educação, Investimentos, IPO, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
0 comentários
Postado por
Ruy Moura
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário