12 março 2012

5 modelos de financiamento para o setor de Saúde

Para aproveitar o férftil momento econômico, as empresas de saúde precisam investir em projetos de reforma e expansão. Para isso, é preciso optar pelo melhor financiamento

Para Carlos Marsal, do Sírio Libanês, parcerias com bancos internacionais são uma quebra de paradigma para os hospitais

Transformações culturais, estruturais, econômicas e, também, de aspectos legais convergem para uma realidade rica em oportunidades, investimentos e desafios.

Nesse contexto, o planejamento de qualquer empresa de saúde deve basear-se em evidências como, por exemplo, a de que o Brasil chegará a 2050 com cerca de 15 milhões de idosos, dos quais 13,5 milhões com mais de 80 anos, tornando-se, em 2025, o sexto País do mundo com o maior número de idosos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outro movimento a ser considerado é o de migração e ascensão das classes sociais no Brasil. De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), nos últimos dois anos, 10 milhões de pessoas entraram na classe C, um crescimento de 9,12% deste estrato econômico. Assim, hoje, a chamada nova classe média brasileira já representa 55% da população brasileira, e tem como reflexo a entrada de mais pessoas na saúde suplementar. Outra dinâmica que injeta uma dose de novas oportunidades na saúde é a regulamentação da Emenda 29, que garante mais recursos para a área pública.

Os movimentos que antecipam o aumento significativo de demanda e a necessidade de reorganizar o modelo de negócio para os próximos anos são os mais variados.No entanto, o passo primordial para qualquer instituição de saúde sobreviver e consolidar sua sustentabilidade diante de tal realidade está na obtenção de recursos. Eles são o combustível que torna viável o crescimento e o desenvolvimento econômico do setor. Muito além do que é oferecido por bancos de varejo, a juros considerados altos e prazos apertados, no momento de expandir suas instalações, as empresas procuram outros parceiros.

BNDES, bancos internacionais, Fundo de Investimento Imobiliário, Private Equity, Project Finance e abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) em algum momento entrarão na pauta de discussão da sua empresa. Para mostrar como eles funcionam, suas vantagens e desvantagens, FH buscou consultores, professores e os próprios financiadores, além de cases desse mercado tão peculiar. O resultado você confere a seguir.

Cenário

Apesar de construída ao longo da história apenas sob a égide da cura e proteção ao paciente, contrapondo-se ao modelo organizacional de mercado, hoje, vigente, a medicina tem avançado e protocolos de segurança do paciente têm sido disseminados, assim como acreditações, certificações hospitalares e, até, a adoção, ainda que por poucas instituições – quando se restringe a hospitais, de governança corporativa.

“Quando se fala em aprovação de crédito, do lado de quem empresta, existem alguns setores mais complicados de lidar como igrejas, mídia e hospitais. Não tem como mandar tirar um leito da UTI, por exemplo. O que se faz é criar produtos mais direcionados, com garantias diferentes dos outros”, explica o professor do laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), Ricardo Humberto Rocha.

A diferença básica é que a saúde, de uma forma geral, ainda está “numa fase de pré- adolescência quando se fala em maturidade”, afirma o fundador da Lógika consultores associados, Andre Staffa. “É mais difícil conseguir investimentos . Outros setores conseguem mais facilmente, pois já têm governança corporativa e auditoria incorporada”, completa.

Entretanto, mesmo diante dessasparticularidades, as ofertas para captar recursos no mercado para as empresas de saúde são basicamente as mesmas de outros segmentos econômicos – com exceção de um aspecto legal: a proibição de empresas com capital estrangeiro de participarem, direta e indiretamente, na assistência à saúde do País (Artigo Constitucional 199, parágrafo 3º) – exceto para planos de saúde e serviços de medicina diagnóstica.

Nacional e Social

Quando não para financiar ou quitar dívidas, captar recursos pressupõe uma intenção de gerar valor a curto ou longo prazo. Atualmente, o meio mais utilizado para a compra de equipamentos médicos, construção, modernização ou ampliação de empreendimentos em saúde é o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

Em 2011, foram contratados pelo BNDES, aproximadamente, R$ 1,3 bilhões em financiamentos à saúde, no âmbito dos seus diversos produtos. Segundo o gerente do departamento de Operações Sociais do BNDES, Sandro Ambrósio, dentro do montante incluem-se cerca de R$ 700 milhões relativos ao BNDES Saúde, programa exclusivo para entidades filantrópicas que atendem o Sistema Único de Saúde (SUS).

“O BNDES é excelente alternativa devido aos juros mais baixos, equivalentes, em média, a 14% ao ano, enquanto bancos comerciais cobram, no mínimo, 20%”, diz Staffa. Porém, o executivo faz a ressalva de que o banco participa apenas de uma parte do financiamento que, em geral, é de 50%.

Foco no “core business”

Outra forma de captação de recursos para as empresas de saúde, permitido para hospitais, é o Fundo Imobiliário.

O modelo é uma alternativa para os hospitais conseguirem captar dinheiro e investir em seu verdadeiro “core business”. Nele, o interessado emite títulos no mercado, os investidores os compram e com o recurso investido se constrói um novo empreendimento, dessa forma, a instituição passa a pagar o aluguel para o fundo e pode utilizar os recursos que seriam aplicados na compra ou construção de um imóvel no dia a dia da instituição, por exemplo.

Um caso conhecido no setor de saúde é o do Grupo Nossa Senhora de Lourdes, que aderiu a dois fundos imobiliários estruturados pela Brazilian Mortgages; um com o Hospital da Criança, em 2000, e outro com o Hospital Nossa Senhora de Lourdes (HNSL) que, em 2008, conseguiu captar R$ 107 milhões. O montante foi utilizado para liquidação de endividamento bancário e ampliação do edifício do hospital, que ganhou também em 2008 um prédio com 219 leitos e novos equipamentos médicos. Vale lembrar que a Brazilian Mortgages foi comprada pelo banco BTG Pactual, sócio da Rede D’Or, no final do ano passado. Até o fechamento desta edição circulavam boatos de que a Rede D´Or adquiriria o controle do HNSL.

Para Costa, da FIA, o fundo imobiliário é uma boa alternativa para as empresas no geral, pois com a captação de recursos advindos da operação com o fundo é possível usar o dinheiro para capital de giro e investir realmente naquilo que é o objetivo da empresa.

“Qualquer negócio que não seja virtual precisa de um espaço físico, ou se constrói um ou se aluga. Ao se optar por um fundo, são emitidas cotas para os investidores. Assim capta-se dinheiro, se faz caixa para empresa e a operação fica direcionada para o negócio,” explica Costa.

Para Staffa, da Lógika, apenas em casos excepcionais as empresas, de uma maneira geral, incluindo os hospitais, devem investir na construção de empreendimentos, pois a aplicação de recursos não é barata e a empresa acaba por deixar imobilizado um ativo que poderia ser empregado em outras frentes de negócio.

Mas, como em todo investimento, esta pode ser uma manobra arriscada. Os riscos podem estar nos trâmites contratuais se a estrutura jurídica não for elaborada corretamente e, se, com a receita gerada não se conseguir pagar o aluguel.

Além disso, os investidores têm de lembrar que despejar ou substituir um inquilino quando se trata de uma instituição de saúde será sempre mais difícil por causa do caráter social da instituição.

A relação entre proprietário e inquilino do Grupo Nossa Senhora de Lourdes mostrou no último mês de janeiro que “nem tudo são flores” quando se trata de uma operação com fundo imobiliário. A Brazilian Mortgages entrou com uma ação de despejo contra o Hospital da Criança, em São Paulo, em razão da inadimplência do aluguel de dezembro de 2011. Com o atraso, consequentemente os investidores do fundo ficaram sem receber a sua parte do aluguel. A informação foi divulgada por meio de fato relevante em 19 de janeiro deste ano. Alguns dias depois, o Hospital da Criança comunicou que o aluguel já estava quitado. Há informações de que a ação de despejo seria uma retaliação ao Grupo, pelo fato da conquista de uma liminar na Justiça para reajustar o valor do imóvel do Hospital da Criança que passaria ser provisoriamente de R$ 442 mil ou 8% do faturamento mensal do hospital.

Em 12 de janeiro, o HNSL conseguiu uma liminar provisória para baixar o aluguel. O valor passou de R$ 2 milhões para R$ 1,6 milhão, o que corresponde a 80% do faturamento do hospital. O HNSL também chegou a ficar inadimplente no fim do ano passado, mas já quitou suas obrigações.

A FH entrou em contato com o grupo, que preferiu não se pronunciar sobre o assunto. Em comunicado divulgado ao mercado, a rede afirmou que “vem trabalhando no sentido de rever seus custos operacionais e o pedido de revisão do valor dos alugueis pagos pelos hospitais é uma etapa deste trabalho”.

Um projeto para chamar de seu

Uma modalidade ainda pouco utilizada é o Project Finance. Trata-se do financiamento de um projeto sem garantia nenhuma. Quem faz são fundos de investimentos que analisam e financiam o projeto, independentemente de garantia. Fazem por sua qualidade, confiabilidade e viabilidade da proposta em si. Quem faz, de uma maneira geral, são bancos e fundos internacionais como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial/ International Finance Corporation (IFC).

“O projeto tem que estar muito bem feito e, normalmente, eles querem projetos grandes para justificar o tempo, o custo e o risco”, explica Staffa. Segundo o executivo, os chamados grandes projetos giram em torno de US$ 40 milhões.

O próprio André Staffa comandou uma operação no modelo de Project Finance quando estava à frente da rede paulistana São Luiz, em 2006. Os recursos, cerca de US$ 30 milhões, foram tomados do Banco Mundial/IFC para equipamentos, capital de giro e despesas pré-operacionais da unidade Anália Franco. A construção do empreendimento foi viabilizada via fundo imobiliário.

“Os juros estavam mais baixas que os do BNDES na época e financiamento maior. Conseguimos 13 anos, com três de carência”, relembra.
Apesar dos investidores de Project Finance não olharem para a garantia e, sim, para o projeto, isso não quer dizer que conquistá-lo seja fácil.A empresa solicitante tem de estar muito bem estruturada, oferecer números transparentes, ter um book bem feito. “Outra coisa a ser considerada é a dependência do humor do mercado externo. Existe muito dinheiro por aí, mas as empresas ainda preferem comprar títulos do governo americano e esperar”, explica. O prazo para pagar o projeto pode chegar a 15 anos.

A opção do fundo

A maioria ainda escolhe o caminho mais seguro de financiamento pelo BNDES, mas há quem invista em operações mais ousadas como é o caso da Rede D´Or São Luiz, a maior rede hospitalar do Brasil.

Com estratégias claras de expansão no País, em 2010, o grupo optou por duas alternativas de captação. Recebeu empréstimo de R$ 55 milhões do International Finance Corporation (IFC), braço direito do Banco Mundial para o setor privado, e selou parceria com o banco BTG Pactual, por meio de sua área de Merchant Banking, mediante acordo para subscrição de debêntures conversíveis em ações da rede carioca.

A Rede D´Or não revela o valor do negócio, mas não seria o suficiente para dar ao Pactual o controle do capital.”Pela lei brasileira, não é permitido comprar ações, por isso, a escolha pela emissão de debêntures, que é um título de dívida”, explica Staffa.

Entretanto, o fato de serem conversíveis em ações se dá pela possibilidade do Artigo Constitucional 199, parágrafo 3º, mudar, sendo liberada a participação do capital estrangeiro em serviços de saúde e, dessa forma, viabilizando a conversão em ações da Rede D´Or. Em relação a bancos internacionais, não há nenhuma lei que proíba financiamentos por meio deles.

Em explanação durante o 1º Congresso Nacional de Hospitais Privados, realizado em São Paulo, em 2011, o presidente do BTG Pactual, André Esteves, cravou a seguinte afirmação: “o Brasil está no melhor momento econômico dos últimos 500 anos.”

Segundo Esteves, duas vitórias, conquistadas nos últimos anos foram fundamentais para a posição em que o País ocupa hoje no cenário internacional: a consolidação do equilíbrio macroeconômico e a obtenção do consenso político.

Quanto à procura das empresas de saúde por financiamentos para crescer no mercado, para o executivo, as instituições podem se endividar, porém “é preciso trazer capital permanente e escolher os parceiros certos”, alerta.

Quem também optou pelo fundo de Private Equity com modelo semelhante ao da Rede D´OR foi o Grupo Vita, rede com dois hospitais em Curitiba (PR) e dois em Volta Redonda (RJ). A rede é a única no Brasil que recebe investimentos de capital de risco. As quatro unidades são sociedades anônimas, com debêntures colocadas no mercado e metas desafiadoras de resultado econômico-financeiro. O grupo faz parte da International

Hospital Corporation e também tem parceria com a Rede Cima, empresa que atua no México e na Costa Rica.

Por meio dessas parcerias internacionais que o Grupo Vita consegue receber recursos via fundo estrangeiro que cataliza investimentos de mais de 97 investidores espalhados por diferentes países. Para se ter uma ideia, hoje o maior acionista do grupo é o presidente Edson Santos, com apenas 12% de participação, o restante está diluído no mercado.

De acordo com Santos, a capitalização é feita via conversão de debêntures, que hoje estão em um movimento de tranformação em ações do grupo. “O número de debêntures vem dimuindo e se tranformando em ações. A soma dos capitais registrados hoje passa de R$ 70 milhões e devemos ter ainda cerca de R$ 40 milhões em debêntures sendo convertidas”, conta. Perguntado se o IPO é o próximo passo, Santos diz que para fazê-lo ainda é preciso crescer.


Bancos internacionais x Sírio-Libanês

Alemanha, França e Estados Unidos foram os países em que o Hospital Sírio Libanês encontrou os parceiros ideais. Para sanar uma demanda crescente, a entidade começou a colocar em prática, desde 2008, um plano de dobrar a capacidade de atendimento da unidade Bela Vista (SP), passando de 358 leitos para 692 até 2020. Tamanha ambição impulsionou a entidade a levantar cerca de R$ 1 bilhão.

O montante é proveniente de recursos internos, do BNDES, e de contratos com os bancos DEG, da Alemanha, Proparco, da França e BID, dos Estados Unidos.

“Essa experiência de buscar parcerias externas é uma quebra de paradigma para o setor hospitalar”, ressaltou o superintendente de controladoria e finanças do Sírio-Libanês, Carlos Alberto Marsal, em entrevista para o Saúde Web. Esta foi a primeira vez que os bancos DEG e Proparco firmaram contrato de empréstimo com um hospital da América Latina.

De acordo com o executivo, havia a necessidade de recursos com condições adequadas à filantropia. “A amortização não poderia ser inferior ao período de inauguração do prédio, previsto para 2013”, conta Marsal.

As linhas de crédito com os quatro bancos foram aprovadas entre 2010 e 2011. O contrato com o BID é diferente dos demais, sendo caracterizado como capital reserva.

Apesar da negociação com as instituições estrangeiras, o BNDES, é o principal financiador do projeto, com R$ 430 milhões. A linha de crédito faz parte de um programa do BNDES Saúde, voltado exclusivamente para os Hospitais Excelência, assim reconhecidos pelo Ministério de Saúde. São eles: Sírio-Libanês (SP), Albert Einstein (SP), Alemão Oswaldo Cruz (SP), HCor (SP), Samaritano (SP) e Moinhos de Vento (RS).

As condições, estabelecidas em março de 2011 com o BNDES são de quatro anos de carência, prazo total de 12 anos para pagar, com taxa de correção de 8% ao ano. A contrapartida do Sírio – Libanês junto à entidade será na destinação de 5% do valor da linha de crédito para o SUS.

O valor acordado com os bancos DEG e Proparco foi de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 75 milhões na época da negociação. Ambas as instituições compartilham o risco mediante as seguintes condições: quatro anos de carência, taxa de correção de 4,3% ao ano e dez anos para pagar.

“Objetivo é garantir um Ebtida médio (lucro antes de juros, impostos, amortização, e depreciação) de 13% nos próximos anos, para que a geração de caixa complemente as necessidades de recursos”, conta Marsal.

No primeiro momento, a linha de crédito de US$ 40 milhões, aprovada junto ao BID, não será usada. “Vamos verificar como evoluirá a expansão para, depois, avaliar se haverá necessidade do crédito complementar”, explica Marsal.

Entre as áreas críticas a serem expandidas estão os serviços de diagnósticos, incluindo abertura de unidades externas para suprir a demanda; serviços de oncologia e salas cirúrgicas, passando de 19 para 31.

De acordo com Marsal, a cada ano – até 2020 – serão abertos 71 leitos. “Este é o escalonamento de ocupação projetado para evitar riscos”, afirmou o superintendente.

Não é para todos

Para consultores de mercado, o aumento de renda, principalmente das classes C e D, contribui para que as empresas de saúde tenham um desempenho promissor na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BM&F Bovespa) – outra alternativa de captação de recursos – exceto para hospitais, que não podem abrir capital.

Enquanto o Projeto de Leide nº259/2009, que libera a participação de capital estrangeiro na assistência à saúde, não é aprovado, indústrias farmacêuticas, de bens de consumo, laboratórios, planos de saúde e de seguros aproveitam a oportunidade do IPO.

Dez são as empresas do segmento de saúde presentes na bolsa atualmente. Entre elas está a Amil – a maior operadora do País -, com mais de 5,6 milhões de beneficiários que, por meio de sua holding Amilpar, estreou na BM&F Bovespa em 2007, com captação de R$ 1,4 bilhão. Dois anos depois, a operadora compraria a concorrente Medial, também listada em bolsa, por R$ 612 milhões. Em 2010, a Amil anunciaria o fechamento do capital da Medial, passando a ser a única operadora de planos de assistência médica com papéis negociados na bolsa, que hoje valem R$ 6 bilhões.

As possibilidades de captação estão aí e vão ao encontro da necessidade de organizar, expandir e modernizar o setor, que aproveita a boa maré de desenvolvimento econômico e político do País. As iniciativas, porém, ainda são tímidas quando comparadas a outros segmentos. Esta talvez seja a hora de sair da adolescência, como é caracterizado pelo consultor André Staffa, e transitar pelas responsabilidades da maturidade.

BNDES

Prós:
• Juros baixos, em média 14% ao ano, se comparado aos oferecidos pelos bancos de varejo, em torno de 20%.
• Financiamento de até 10 anos, em geral;
•Estímulos para empresas que contribuem com o SUS;
• Regiões e municípios de baixa renda, o banco chega a financiar 90% da compra de equipamentos.

Contras:
• Financia apenas uma parte que, em geral, é de 50%;
• Exige contrapartida em relação aos “produtos” financiados.

FUNDO DE INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS:

Prós:
• Investimento inicial pode ser utilizado para giro de caixa e outros investimentos;
• Empresa economiza o recurso que iria investir em um patrimônio físico;
• É difícil se despejar um inquilino de um fundo imobiliário quando se trata de um hospital;
• Deve se popularizar nos próximos anos e isso também se deve ao “boom” imobiliário do Brasil.

Contras:
• Não há muito interesse, uma vez que a legislação protege os hospitais brasileiros, no caso de despejo e substituição de inquilino, por exemplo;
• Cuidado para que a operação não fique mais cara do que se fosse empregar o capital e construir sua própria sede;
• É preciso saber se a geração de receita conseguirá pagar o aluguel

IPOs:

Prós:
• Estímulo para estruturar processo de governança e gestão corporativa;
• Relação de proximidade com a demanda do mercado;
• Estimula transparência e competitividade.

Contras:
• Artigo constitucional 199, parágrafo 3º, proíbe empresas de capital estrangeiro a participarem, direta e indiretamente, na assistência à saúde do Brasil – exceto para planos de saúde, com respaldo legal na lei 9656;
• Falta de “maturidade” de gestão corporativa, o que dificulta investimentos.

PROJECT FINANCE:

Prós:
• Não são exigidas as mesmas garantias que em um financiamento normal;
• Os prazos de financiamento chegam a 15 anos;
• São financiados valores altos, em torno de US$ 40 milhões;
• Governança Corporativa: é preciso transparência em seus processos.

Contras:
• Projeto precisa ser bem estruturado;
• Aprovação pode demorar;
• Valores baixos não são financiados;
• Investimentos dependem do “humor” do mercado externo;
• Espécie de “sócio” para prestar contas.

PRIVATE EQUITY:

Prós:
• Governança Corporativa estruturada

Contras:
• Filantrópicos não podem ceder parte do capital;
• No caso dos hospitais, não é permitido o emprego de capital estrangeiro, ou seja, um fundo internacional.
Fonte:saudeweb12/03/2012

12 março 2012



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