14 março 2014

Na contramão das concorrentes, Apple investe em pequenas startups

Recentemente, a compra do WhatsApp pelo Facebook, em uma operação de U$16 bilhões, se tornou notícia no mundo inteiro. Pouco tempo antes, a Microsoft havia adquirido parte da Nokia, passando a controlar a divisão de celulares da empresa finlandesa. Esta tendência de aquisições bilionárias, entretanto, parece não despertar o interesse de uma das gigantes do setor: a Apple, que tem preferido investir em startups menores, com o principal objetivo de preencher lacunas em produtos que já estão sendo desenvolvidos pela empresa.

 Aquisições 
Segundo a Apple, nos últimos 15 meses foram adquiridas mais de vinte empresas de pequeno porte. Apenas no último trimestre, a Apple gastou U$525 milhões neste tipo de operação, quase o dobro do que havia sido gasto no mesmo período do ano anterior.

 Apesar de serem negócios menores – principalmente se considerarmos que a Apple tem cerca de U$160 bilhões em caixa -, estas aquisições dão um panorama dos objetivos da empresa norte-americana para os próximos meses.

 Em 2013, a maior aquisição da Apple foi a Prime Sense, empresa que conta com pouco mais de 150 funcionários. O valor oficial da operação não foi divulgado, mas rumores apontam para algo entre U$300 milhões e U$350 milhões. A Prime Sense foi a empresa responsável pelo desenvolvimento dos sensores utilizados no Xbox One para games que utilizam movimentos corporais. Segundo especialistas em tecnologia, os dispositivos desenvolvidos pela Prime Sense também poderão ser utilizados, em breve, em aparelhos de TV.

 Mapeamento 
Outras compras realizadas pela Apple deixam claro como a empresa pretende aprimorar serviços baseados em geolocalização. Recentemente, a empresa adquiriu três startups neste segmento: Embark, HoStop e Locationary. Nos últimos anos, a Apple recebeu muitas críticas devido à pouca eficiência de seus sistemas de mapeamento.

 Riscos 
De acordo com Brent Thill, analista de uma empresa de serviços financeiros com foco em tecnologia, estas aquisições são essenciais para o desenvolvimento de produtos e serviços, mas também trazem muitos riscos para os compradores. Isso porque, na maioria dos casos, os fundadores das startups ficam com uma grande fatia do dinheiro da compra e, após a negociação, partem para outras empreitadas. Por isso, para Brent Thill, não costuma ser uma boa ideia gastar muito dinheiro em uma única empresa.

 Como os fundadores costumam ser os maiores talentos destas empresas, a startup adquirida pode acabar ficando sem seus “cérebros”. Para corrigir este problema, a Apple tem se preocupado em manter estas pessoas em seus cargos. Foi o que aconteceu com o aplicativo Snappy Labs, criado por John Papandriopoulos. O Snappy Labs permitia que o iPhone tirasse fotos com uma resolução melhor do que aquela apresentada pelo software original da Apple. Após adquirir a startup, a empresa empregou Papandriopoulos no setor de engenharia de software.

 Melhorias 
Na maioria dos casos, o investimento da Apple é em startups com tecnologias capazes de melhorar produtos já existentes. Em 2012, por exemplo, a empresa adquiriu a AuthenTec, que se responsabilizou pela tecnologia de reconhecimento de impressão digital presente nos iPhones atuais. Leias mais em Noticiasbr 13/03/2014

14 março 2014



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