As operações de Fusões & Aquisições no “ middle-market” brasileiro nos próximos seis ou doze meses deverão ter forte influência de fatores decorrentes da atual crise financeira internacional. A relação abaixo não esgota o assunto, simplesmente evidencia algumas ações que já estão ocorrendo.
1. As grandes operações de M&A serão postergadas - Por conta das incertezas, particularmente do impacto de eventuais restrições de crédito a taxas atrativas, os planos de crescimento agressivos que implicam em desembolsos elevados no curto prazo poderão ser suspensos ou adiados alguns meses devido à falta de crédito.
2. Crescimento das participações de Fundos de Private Equity – Os Fundos deverão aumentar sua representatividade no processo e ser um relevante parceiro fora do mercado de capitais para investimentos de longo prazo em empresas de capital fechado.
3. Redução do número de IPO’s - Mesmo que em 2008 praticamente não ocorreram operações de abertura de capital, havia, contudo, expectativas por parte de várias empresas que estavam se preparando para ir ao mercado. Um adiamento do processo de cerca de um a dois anos, até os mercados voltarem ao normal é inevitável. O foco das aquisições será preponderantemente com recursos do mercado doméstico.
4. Valuation – múltiplos menores - Comparativamente, os múltiplos praticados até recentemente sofrerão alguma redução por conta da redução da liquidez e da retração do número das empresas consolidadoras.
5. Redução das operações alavancadas - As operações de crédito alavancadas ficarão mais difíceis e as condições mais restritivas (covenants).
6. Participação maior para Earnouts - Nos casos em que o preço de aquisição é composto por parcela de pagamento no fechamento e parcela(s) dependentes de cumprimento de metas e indicadores de desempenho por parte dos gestores (earnout), esta última passa a ter maior peso.
7. Alongamento dos prazos pagamentos - Possivelmente haverá negociações para ampliar ao prazo de pagamento da aquisição e, principalmente, redução do valor da primeira parcela “cash”.
8. Due diligence mais demorada e rigorosa - Como forma de mitigar eventuais riscos de uma diligência mais expedita, os compradores serão mais rigorosos, principalmente em relação às contingências e seus respectivos desencaixes financeiros.
9. Consolidação entre grupos intermediários – limitações de crédito e difícil acesso ao mercado de capitais farão que empresas de porte médio, que tenham competências em mercado em crescimento poderão aproveitar economias de escala mediante fusões entre elas.
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Qual é a sua lista?
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