14 junho 2018

Fundo Criatec 3 faz investimento de R$6milhões em empresa de CyberSecurity

A segurança da informação tem se tornado cada vez mais relevante para todos os tamanhos de empresas. Proteger a rede corporativa contra-ataques, fazer o backup dos bancos de dados da empresa e garantir a otimização dos recursos computacionais, como velocidade de acesso e capacidade, são apenas algumas das demandas. E neste segmento, uma empresa brasileira que vem chamando atenção do mercado é a Bluepex Controle e Segurança, com soluções para segurança e infraestrutura em TI. A empresa vem apresentando crescimento de 25% ao ano nos últimos anos e, para acelerar este crescimento, acaba de entrar para o portfólio do Fundo Criatec 3, criado pelo BNDES e gerido pela Inseed Investimentos.

O Fundo vai aportar até R$6 milhões na Bluepex. “Buscamos o investimento para crescermos ainda mais. Nosso maior incentivo ao procurar o Criatec 3 não foi puramente financeiro, mas pela expertise dos envolvidos. Estávamos em busca de um investidor que nos ajudasse com o Conselho da empresa, a governança, as decisões de negócio, para que possamos crescer de forma sustentável”, explica o CEO da investida, Jefferson de Oliveira Penteado

O diretor da Inseed Investimentos, João Pirola, completa ainda que o capital aportado na empresa será voltado para o desenvolvimento de novos produtos e marketing, a partir do fortalecimento de canais comerciais. “O investimento na Bluepex visa apoiar a construção de uma plataforma completa para o oferecimento de soluções de TI para pequenas e médias empresas. As soluções da empresa permitem a gestão centralizada de toda a rede de computadores e devices conectados dos clientes, abarcando aspectos de cybersegurança, disponibilidade de internet, backup, entre outros. O investimento permitirá à empresa seguir inovando enquanto amplia seus canais comerciais junto a pequenas e médias empresas (PMEs)”, explica.

O foco da Bluepex são, principalmente, as PMEs, já que grande parte destes negócios não têm condições de contratar grandes consultorias para realizarem segurança da informação, mas necessitam de soluções que permitam um certo grau de controle. “A Bluepex fornece soluções para a infraestrutura de TI, com produtos que atuam em diferentes aspectos da segurança da informação, tais como soluções de firewall (proteção contra-ataques à rede), antivírus, backup, email, gestão do uso da rede, entre outras”.

Jefferson aponta ainda que estas questões se tornam ainda mais pertinentes no atual contexto, marcado pelo aumento do número de ataques de hackers (vide exemplo dos ataques de “ransomware” a partir de 2017) e pelas exigências do Marco Civil da internet, que trazem novas responsabilidades de controle do acesso à internet. “Neste contexto, as empresas pequenas e médias têm se distanciado de soluções “caseiras”, centradas no conhecimento de um profissional generalista (“técnico de internet”) e buscado soluções mais robustas, dando preferência para empresas que possuem um amplo leque de soluções de forma a centralizar diversos aspectos da infraestrutura básica de TI em um mesmo fornecedor“

Outro ponto relevante na Bluepex Controle e Segurança é que ela é uma empresa brasileira credenciada pelo ministério da defesa (EED – Empresa Estratégica de Defesa). “Há alguns anos nós já atuamos com o Exército Brasileiro. Inclusive, desenvolvemos um antivírus para o Exército. Então é um segmento que vamos investir em curto, médio e longo prazo também”.

A Bluepex atende clientes de todos os segmentos. “Não tem mais nichos para segurança da informação. Hoje todas as empresas precisam de controle e segurança. Todo mundo tem problema de spam, todo mundo pode ser atingido por grande vírus, ter sua rede invadida ou ter vazamento de informação. Não tem mais uma vertical especifica”, explica Jefferson.

O novo Marco Civil da Internet e também algumas exigências de certificações como os ISOs contribuíram para a preocupação das empresas com a segurança da informação e aumentaram a demanda do segmento, já que as empresas precisam seguir determinadas regras de compliance. “Principalmente as pequenas e médias empresas que ainda não estão cientes de todas as exigências. Elas estão começando a olhar para isso agora.  Essa massificação das informações, sobre invasões e vazamento de informações, faz com que as corporações busquem soluções no mercado para resolver este problema”.

Os casos “ransomware”* , por exemplo, de sequestro de dados em 2017, fez com que as empresas procurassem mais os serviços da Bluepex. “Nosso trabalho de prospecção passou de proativo para reativo. E assim conseguimos explicar para as empresas que não existia uma solução macro, não é simplesmente ter um antivírus. Mas buscar uma solução especifica”.

A Altivia Ventures foi assessora exclusiva da Bluepex nesta transação. Segundo Jefferson Penteado, CEO da BluePex “O bom de trabalhar com a Altivia é o fato de eles se colocarem no lugar do empreendedor. O fato deles já terem passado por processos similares em suas carreiras facilita muito além do grande networking que eles possuem o que facilita muito a aproximação com possíveis investidores e/ou parceiros de negócios. Outro aspecto é o conhecimento profundo do mercado que permite ajudar a empresa a mostrar de uma forma clara e objetiva aos possíveis investidores o que está sendo proposto. No caso da BluePex eles nos assessoraram desde a preparação dos materiais até o acompanhamento após o fechamento.”

* Ransomware é uma espécie de malware (software mal-inteencionada). Ele dá aos criminosos a possibilidade de bloquear seu computador de um local remoto. Depois, ele apresenta um janela pop-up com um aviso de que seu computador está bloqueado e você não pode acessá-lo, a menos que pague. Leia mais em startupi 12/06/2018


14 junho 2018



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