O Goodman Group reestruturou suas operações no Brasil, por meio de parceria com quatro investidores internacionais - APG, Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), First State Super e GIC -, a qual prevê investimentos de US$ 700 milhões (R$ 2,5 bilhões) em desenvolvimento e aquisição de galpões nos próximos anos. A operação dá origem à Goodman Brazil Logistics Partnership (GBLP), que passa a ser o único veículo de investimento da australiana Goodman no país, onde a atuação ocorria pela Goodman Brasil Logística.
No mundo, a Goodman é um dos três maiores grupos com atuação em galpões, com plataforma de US$ 27 bilhões em ativos, em 16 países. Os ativos de R$ 1 bilhão da Goodman, no Brasil, foram comprados pela GBLP como parte da operação marcada para ser anunciada nesta quarta-feira. As participações exatas de cada sócio na GBLP não são divulgadas. Segundo o presidente da Goodman no país, Cesar Nasser, a multinacional ficou com fatia pouco menor de 20%, e as demais são equilibradas.
Os investimentos para ampliação do portfólio serão realizados no prazo de três a cinco anos. Não existe ranking do segmento de galpões, mas o executivo estima que a GBLP nasça entre as cinco maiores e que, com os investimentos previstos, possa ficar entre as três. "Queremos ser os melhores em qualidade de portfólio e em retorno para nossos acionistas e sócios", afirma. No país, entre as empresas que se destacam em galpões estão Global Logistic Properties (GLP), Prologis, TRX, Cyrela Commercial Properties (CCP) e Log Commercial Properties..
Questionado sobre a parceria ser anunciada neste momento de incertezas políticas e econômicas, Nasser afirmou que todos os investidores têm perfil de longo prazo, o que faz com que o cenário atual não seja fonte de preocupação. A parceria está prevista para dez anos. Mundialmente, a Goodman já atua com modelo de negócios de parceria com outros investidores. As conversas para costurar a operação duraram dois anos.
O foco de atuação da GBLP serão galpões de alto padrão (triple A) na cidade de São Paulo e em até 40 quilômetros da capital paulista, além de projetos em áreas próximas do Centro do Rio de Janeiro. O planejamento prevê que 60% dos galpões tenham o modelo especulativo, ou seja, sem locação prévia, e 40% sejam construídos sob medida ("build to suit").
Nas capitais, serão desenvolvidos empreendimentos de menor porte e, nas demais regiões, os chamados big boxes (grandes áreas para uso em escala, por exemplo por empresas varejistas). Atualmente, redes de vestuário, supermercados e empresas de comércio eletrônico são as potenciais ocupantes que mais têm demandado áreas. Entre os clientes que já ocupam galpões da Goodman, no Brasil, estão a Bosch e a Via Varejo.
Na avaliação de Nasser, em três anos, quando os galpões a serem desenvolvidos com recursos da parceria começarão a ser entregues, o mercado terá se recuperado. O executivo cita que a taxa de vacância de galpões já começou a ser reduzida, e que os preços tendem a começar a subir entre um ano e meio e dois anos. "Nos próximos dez anos, o setor terá momentos bons e ruins. Nossas preocupações são ter um portfólio à prova de crise e um valor de locação justo que permita nossos aluguéis serem competitivos", diz Nasser.
Segundo ele, embora este seja o quarto ano em que o setor esteja sentindo impactos do cenário econômico, só agora estão ocorrendo ajustes nos preços de terrenos para desenvolvimento de galpões.
A australiana Goodman deu início à sua atuação no Brasil em 2012, quando fechou parceria com a WTorre, pela WTGoodman. Com o fim da sociedade, em março de 2016, foi criada a Goodman Brasil Logística (GBL). Fonte:Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 20/06/2018
20 junho 2018
Australiana Goodman, de galpões, reestrutura operações no Brasil
quarta-feira, junho 20, 2018
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Ruy Moura
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